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segunda-feira, 25 de março de 2024

Guerra Rússia X OTAN-EUA-Ucrânia 3/3

ANÁLISE ATUAL [30.04.2024] DO CONFLITO OTAN x RÚSSIA

O Analista Geopolítico Pepe Escobar

...A Rússia conquista sua Rôlha Anti-OTAN

 A guerra do Kosovo foi o primeiro conflito armado envolvendo a OTAN desde a sua criação, e a maior crise humanitária ocorrida na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial. A operação foi vista por muitos analistas como uma tentativa de ampliação do alcance da hegemonia norte-americana naquele continente. O conflito, porém, pode ser interpretado no contexto da "evolução" da prática de "intervenções humanitárias" no pós-Guerra Fria, principalmente diante de casos de graves violações aos direitos humanos em regiões onde o Estado-nação encontra-se em processo de fragmentação. 

De fato, a intervenção no Kosovo tendo como referência a instabilidade sistêmica causada pelo colapso do Estado iugoslavo depois do fim da Guerra Fria, foi a oportunidade que a OTAN-EUA tiveram de exercer seu poder das armas, sabotagens e sequestros mais uma vez, repetindo sua tradição desde a colonização, grifando mais uma vez, seu desprezo pela diplomacia… Daí nasceu o estado do Kosovo, não reconhecido por mais da metade dos países filiados a ONU.

Sabemos o que a "Primavera Árabe" e a "Euromaidan" causaram naqueles povos, como a técnica da agitação e subversão (dividir para dominar) são primorosamente realizadas pelo Império. 

"Putin apresenta proposta para acordo de paz com a Ucrânia
País comandado por Zelensky já sinalizou que não aceita os termos anunciados pelo presidente russo; Otan e EUA também criticaram a iniciativa" _
POR CARTACAPITAL 14.06.2024 11H09

"O presidente da Rússia, Vladimir Putin, apresentou, nesta sexta-feira 14, uma proposta para encerrar a guerra com a Ucrânia. A principal condição citada é a retirada de militares ucranianos de quatro regiões reivindicadas por Moscou. ["RÔLHA ANTI-OTAN"]

Putin também citou a necessidade da Ucrânia desistir da adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para poder avançar na interrupção da guerra.

“Assim que Kiev começar a retirada efetiva das tropas [das regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia], e assim que notificar que abandona os planos de adesão à Otan, daremos imediatamente, no mesmo minuto, a ordem de cessar-fogo e iniciaremos as negociações”, disse Putin em uma conversa com funcionários de alto escalão do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Nos últimos dias, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, tem transitado por países europeus em busca de apoio para seguir com a guerra. Ao mesmo tempo, a Ucrânia deve promover, neste final de semana, uma conferência de paz, sem a presença de representantes da Rússia. Putin criticou o formato do evento.
"A este respeito, quero sublinhar que sem a participação da Rússia e sem um diálogo honesto e responsável conosco, é impossível alcançar uma solução pacífica na Ucrânia e para a segurança da Europa em geral”, afirmou o presidente russo.

Resposta ucraniana
_ Pouco depois que Putin anunciou sua proposta, a Ucrânia sinalizou discordância com os termos.
Segundo anotou Kiev, as reivindicações do presidente da Rússia são “ofensivas ao bom senso”. A avaliação foi feita por um conselheiro de Zelensky via redes sociais.

“É tudo uma farsa completa. Portanto, mais uma vez, esqueçam as ilusões e parem de levar a sério as ‘propostas da Rússia’, que são ofensivas ao bom senso”, escreveu Mykhailo Podoliak nas redes sociais.

Reação internacional
A OTAN, outra parte citada nos termos do acordo oferecido pela Rússia, também afirmou discordar das condições apresentadas.
De acordo com a organização, Putin não age de ‘boa-fé’ ao pedir que tropas ucranianas recuem e que a adesão da Ucrânia à Otan seja interrompida.
"Não é uma proposta de paz. É uma proposta de mais agressão e mais ocupação, e demonstra, de certo modo, que o objetivo da Rússia é controlar a Ucrânia”, avaliou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg."
                         ☝️
"A invasão da região de Kursk, na Rússia
[ e o seu paralelo: ]
A batalha de Kursk, de 81 anos atrás, lança uma sombra lúgubre sobre a iniciativa de Kiev
Por Flávio Aguiar, em 
'A Terra é Redonda' 
O ex-diplomata e ex-agente secreto britânico Alastair Crooke publicou contundente artigo a partir da invasão da região de Kursk, na Rússia, por tropas da Ucrânia, no site Strategic Culture.
Digo “a partir” porque a análise de Alastair Crooke vai muito além do fato em si, no campo de batalha.
A partir deste, ele se dirige a outro campo de batalha, que alega ser mais importante do que o primeiro: o das narrativas criadas e impostas ao público leitor/espectador, em seus diferentes níveis, por governos e mídias.

Em primeiro lugar, caracterizemos o analista, pois Alastair Crooke não é um personagem qualquer:
Hoje com 75 anos, Alastair Crooke nasceu na Irlanda. Trabalhou no sistema financeiro britânico, até entrar no serviço secreto do Reino Unido, MI6, onde permaneceu durante mais de 30 anos, sob a camuflagem de ser um diplomata.
Atuou na Irlanda do Norte, África do Sul, Colômbia, Paquistão e Oriente Médio. Na sequência, tornou-se diplomata dentro da União Europeia. Entre suas funções desempenhou papel relevante conseguindo armas para os jihadistas lutarem contra os soviéticos no Afeganistão.

No Oriente Médio, como um dos enviados da União Europeia, atuou a partir da Embaixada Britânica em Tel Aviv, procurando estabelecer pontes entre grupos islâmicos, como o Hamas e o Hezbollah, e as forças israelenses, com quem, afirma-se, tinha bom relacionamento.
Depois de condecorado pelo governo britânico em 2004, com a medalha da Ordem de São Miguel e São Jorge, estabeleceu-se em Beirute.
Fundou e dirige o site Conflicts Forum, onde defende esforços de aproximação entre o Mundo Islâmico e o Ocidente. Alega estar sendo censurado em plataformas como o Facebook e outras do Ocidente, sob acusação de “fazer o jogo” de Vladimir Putin, coisa que nega.

Desconheço e não me cabe aqui discutir as motivações pessoais de sua labiríntica trajetória, de que citei apenas resumidíssima síntese. Interessa a análise que faz da situação das duas guerras entre Rússia e Ucrânia, a do campo de batalha propriamente dito e a do mundo narrativo e de informação.

A principal tese subjacente no artigo de Alastair Crooke é a de que não foi a Ucrânia que invadiu Kursk, mas sim a OTAN através da Ucrânia.
Esta tese rima com a de que a guerra da Ucrânia, do ponto de vista Ocidental, é uma “proxy war”, uma “guerra terceirizada” entre os Estados Unidos e seus aliados, e a Rússia.
A outra tese é a de que o objetivo da invasão foi tanto o de avançar no terreno russo quanto — ou mais — o de criar um novo glóbulo narrativo que animasse uma contenda que vinha sendo perdida pelo Ocidente no campo simbólico.

A partir daqui desenvolvo meu próprio raciocínio, embora lastreado pelas informações mais amplas do que as minhas que constam no artigo de Alastair Crooke, que podem ser verificados pela leitura dele.
Desde sempre esta guerra teve um impulso a partir do governo dos Estados Unidos, da OTAN, de seus aliados geopolíticos (União Europeia, Reino Unido, Japão, os quatro outros países do grupo das Cinco Irmãs e mais alguns anexos e da mídia cooptada ou conivente) no sentido de criarem uma narrativa pró-Ucrânia.
Devia-se apresentá-la não só como merecedora da vitória, como Davi contra Golias, mas como a vencedora, desde o início. 
Devia-se apresentar a Rússia como de joelhos diante das sanções econômicas, e Putin como à beira da queda política e pessoal (a mídia conivente inundou-se de matérias aludindo a doenças dele).
 A esmagadora maioria da mídia ocidental comprou e vendeu esta perspectiva, assim como comprara e vendera, no passado, a falsa tese das armas químicas de Saddam Hussein no Iraque.

Não funcionou. Apesar de alguns contratempos iniciais, a invasão consolidou o domínio russo sobre grandes áreas do Donbass.
As sanções econômicas prejudicaram mais os tutelados europeus pela OTAN do que a própria Rússia.
Putin nem fraquejou, nem se abalou, nem caiu. Ao contrário, a pressão do Ocidente jogou-o nos braços da China, que o recebeu de bom grado, conseguindo em troca o apoio de um dos dois maiores arsenais de armas nucleares do planeta.
No campo de batalha a contra-ofensiva ucraniana de 2023 fracassou.

Apesar do esforço titânico da [vassala] mídia mainstream ocidental, propalando supostas vantagens ucranianas, estas se provavam cada vez mais irreais e inconsistentes.

Outra dimensão do ataque em Kursk: a simbólica.
Kursk foi o terreno da batalha decisiva na Frente Leste da Segunda Guerra Mundial. Nela o conflito se decidiu, mais do que em Stalingrado, mais do que na Normandia.
A batalha durou do começo de julho ao fim de agosto de1943. Segundo vários especialistas, foi a maior batalha da história humana. 
Outros, mais modestos, a definem como uma das maiores batalhas, em todo caso, a descrevem como a maior batalha de blindados que já houve no mundo.
[ de fato foi a maior ]
No total foram utilizados mais de dez mil blindados nela, sendo que metade deles foi danificada ou destruída. As perdas humanas passaram do milhão, tanto quanto pode se estimar, pois os dados são imprecisos, sobretudo do lado alemão, que maquiava seus números. As perdas soviéticas foram gigantescas, mas a vitória foi esmagadora.
O exército alemão teve a iniciativa. Kursk era o que militarmente se chama de um “saliente”: um enclave soviético em meio a um território tomado pelo inimigo. A ofensiva alemã tinha por objetivo aniquilar esteoliticamente, o objetivo de Hitler era parecido com o da OTAN/Kiev: retomar a ofensiva depois do fracasso de Stalingrado, demonstrar aos aliados que a Wehrmacht ainda era capaz de tomar a iniciativa, fossem esses aliados o Japão e a Itália, fossem seus simpatizantes nos territórios anexados, como a Áustria, ou ocupados, como na Croácia, na Romênia e na… Ucrânia, além de outros.

...Nada deu certo. O enclave resistiu até a chegada de reforços. Os nazistas tiveram que recuar, e a partir daí, na Frente Leste, a iniciativa foi do Exército Vermelho, até a tomada de Berlim, quase dois anos depois.
Dois fatores externos ajudaram os soviéticos:
Diante da hesitação de alguns de seus generais, Hitler decidiu retardar o ataque ao enclave. Também pesou na sua decisão o desejo de que os novos blindados fabricados na Alemanha, tecnicamente superiores aos antigos e aos soviéticos, chegassem à frente de batalha.

 Curiosamente esta superioridade técnica, que seria uma vantagem para os alemães, revelou-se contraproducente, assim como na frente da aviação. 
A mudança inovadora dos aparelhos [tanques Tiger e Leopard] dificultava a fabricação de peças de reposição.
Enquanto isto, os soviéticos continuavam produzindo os mesmos tanques T-34 de sempre, com pequenas modificações, sobretudo na torre do canhão, dando-lhes maior versatilidade.
A segunda vantagem veio através dos aliados ocidentais. Ao mesmo tempo em que a Wehrmacht iniciava o ataque ao enclave soviético, aqueles, depois de baterem os alemães no norte da África, desembarcavam na Sicília, criando a Frente Sul na Europa.
Hitler se viu forçado a ordenar o deslocamento de tropas da Frente Leste para a península italiana, enfraquecendo mais ainda o derrotado exército alemão diante do avanço soviético.

A [decisiva] batalha de Kursk, de 81 anos atrás, lança uma sombra lúgubre sobre a [atual] iniciativa de Kiev.

O paralelo é inequívoco, com as forças ucranianas portando, entre outros, armamento alemão, e com vários de seus militares decorando seus uniformes com penduricalhos nazistas.

Ao invés de colocar uma espada no peito de Vladimir Putin, a invasão de Kursk pode ter posto um espinho no coração de patriotismo russo, o que pode ser fatal para Kiev."

PS – Desnecessário, mas pertinente lembrar que o autor destas linhas não nutre a menor simpatia por Vladimir Putin, nem pela invasão da Ucrânia. Mas também não tem o menor entusiasmo por esta guerra estúpida, muito menos pela OTAN, nem por seu títere em Kiev a também não pelos neonazis que infestam as forças armadas ucranianas. Salvo em raríssimas ocasiões, e esta não é uma delas, uma mesa de negociação é sempre melhor do que um campo de batalha.

Flávio Aguiar, jornalista e escritor, é professor aposentado de literatura brasileira na USP. Autor, entre outros livros, de Crônicas do mundo ao revés (Boitempo). [https://amzn.to/48UDikx]


BOA FÉ, TRATADOS e TRAICÕES
O papel da Imprensa/Mídia "Livre" 
e as
sabotagens dos Oleodutos-Gazodutos russos
NordStreams 1 e 2

Putin entrevistado por mais um copy-desk




Comparando...

"'...Eles também mencionaram que há trabalhos sendo feitos para "interromper a campanha imprudente de sabotagem" da Rússia [⁉️] em toda a Europa,
[e que vão] buscar a desescalada no conflito Israel-Gaza e para impedir o ressurgimento do grupo terrorista Estado Islâmico (Isis)... [que, como o Taliban e AlQaeda, foram criados pelo EUA-OTAN...]."
..."'No artigo do Financial Times, [em] artigo conjunto inédito Sir Richard Moore, chefe do MI6 e William Burns, chefe da CIA, escreveram: 
"Não há dúvida de que a ordem mundial internacional – o sistema equilibrado que levou à relativa paz e estabilidade e proporcionou aumento dos padrões de vida, oportunidades e prosperidade – está sob ameaça de uma forma que não vimos desde a Guerra Fria."'

A impostura dos serviços secretos dos EUA e Inglaterra aponta sabotagens nas quais são mestres, basta lembrar as dos Nord-Stream1 e 2, a "Primavera Árabe" e o "Euromaidam"... e sustentaram e fortaleceram a Al Qaeda, o Taleban/Muhajedin e o Isis...

Cinicamente falam em um suposto "sistema equilibrado que levou à relativa paz e estabilidade", quando o Status-Quo desses países colonialistas e neocolonialistas, os levaram a invasões, guerras e golpes... a chamada "Paz dos Mortos"... ...descaradamente promovidas para manutenção do seu poder geopolítico e suas consequentes dominações imperialistas !! 
Se borram de medo que a China, Rússia e países emergentes ou com disposição nacionalista e/ou soberanista, se reorganizem em uma Nova Ordem Mundial !
Usuários e usurários !!

Agora sabemos que, publicamente, a CIA e o M16 declararam que estão, juntos, sabotando a Rússia e de olho na China.
De nada serviram as sanções ilegais contra a Rússia, ao contrário, juntaram Rússia e China, que estão construindo a Nova Rota da Seda...
A desfaçatez da afirmação, de que os EUA-OTAN promovem a democracia e a liberdade, se desfacelam diante das suas históricas promoções de invasões, guerras, levantes, golpes e  sabotagens... 
A "Primavera Árabe", a "Euromaidam", a destruição dos super oleodutosp-gazodutos NordStream 1 e 2, o  expansionismo da OTAN, em sua quinta onda de armamento tutelado dos ex-países da ex-URSS, agora totalizando 1.000 bases militares apontando seus mísseis de curto e médio alcances para Moscou...
Tudo descortina sua sanha bélica...
O 'cão' não quer largar o 'osso'... mas terá que largar: todo império tem seu ocaso... !!

*(1)-* https://www.bbc.com/portuguese/articles/c4gdl0qy9lvo

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Guerra Rússia X OTAN-EUA-Ucrânia 2/3

 A GUERRA RÚSSIA VERSUS OTAN/EUA

PARTE  2/3

Dentro de sua lógica expansionista, a OTAN-EUA promovem a entrada de novos membros, que desde 1945 eram tradicionais países neutros : 
Finlândia e Suécia...

A RÔLHA ANTI-OTAN-12.12.22- 
👇


O EXPANSIONISMO DETALHADO

QUEM QUER A GUERRA ?!?
QUEM QUER SANGUE ?!?
o Reino Unido pressiona a Ucrânia a não assinar acordo de cessar-fogo com a Rússia, diz o The Times."
- https://www.brasil247.com/mundo/reino-unido-pressiona-ucrania-a-nao-assinar-acordo-de-cessar-fogo-com-russia-diz-the-times


O EXPANSIONISMO DA OTAN-EUA OBRIGOU A RÚSSIA A REAGIR...                                      
A UCRÂNIA JÁ COMPUNHA REGIMENTOS REGULARES DE NAZIFASCISTAS COM ADMISSÃO MERCENÁRIA INTERNACIONAL...

Em toda Europa, principalmente na Europa-Central, há um sentimento xenófobo anti-imigração, anti-semita, anti-comunista e anti-cigano. Esta é a "alavanca de Arquimedes" dos movimentos de extrema-direita europeus, a retórica excludente da extrema-direita.

A Guarda Nacional da Ucrânia, sob a supervisão da CIA/MI6, organizou o Batalhão Azov e a Milicia Pravyy Sektor, tendo juntados à eles os lucrativos e veteranos mercenários da Blackwater/Academi e LancasterTudo com apoio clandestino dos EUA/OTAN e o apoio irrestrito do partido nazifascista Svoboda

Soma-se a isso a expansão da OTAN desde 1997 e um Golpe de Estado em 2014 na Ucrânia, também com apoio dos EUA. O povo russo que vive em território ucraniano tem sido caçado pelas milícias nazi-ucranianas e só nos últimos 8 anos já perderam mais de 15 mil vidas. O contexto histórico é muito mais complexo do que a cobertura sensacionalista da cretina Mídia Ocidental.

"Segundo a narrativa da OTAN, a Azovstal – uma das maiores usinas metalúrgicas e siderúrgicas da Europa, foi praticamente destruída pelo Exército Russo e pelas as forças aliadas de Donetsk que "sitiaram" Mariupol.

A história verdadeira é que, desde o início da operação militar russa na Ucrânia, os neonazistas do Batalhão Azov vinham usando como escudos humanos dezenas de civis de Mariupol para depois recuarem para o Azovstal, usado como último ponto de resistência. Após um ultimato proferido na semana passada, eles agora vêm sendo totalmente exterminados pelas forças da Rússia e de Donetsk e pela Spetsnaz chechena..."

"O infame Batalhão Azov, cujo grupamento de Mariupol recentemente (07/2022) se rendeu às forças russas e do Donbass, removeu o símbolo nazistaWolfsangel’ [gancho de lobo] de sua insígnia, usado desde sua formação oito anos atrás, informou o jornal britânico The Times na segunda-feira (30).  Símbolo, aliás, copiado do logo da Divisão Panzer das Wafen SS e proibido em vários países europeus."




ANÁLISES

"...Raul Carrion, historiador, escritor e político, vereador de Porto Alegre e duas vezes deputado estadual do Rio Grande do Sul, denuncia a hipocrisia dos EUA, que apoia forças nazistas e ameaça as fronteiras da Rússia

“Esta é a ultrajante bandeira das tropas neonazistas ucranianas, que desde 2014 – desrespeitando os acordos de paz de Minsk – atacam permanentemente as populações ucranianas e russas das Repúblicas Independentes de Lugansk e Donetz”, denuncia o historiador."                          - https://horadopovo.com.br/o-que-eua-e-otan-sustentam-na-ucrania-e-um-regime-neonazista-diz-carrion/ 

"Somente EUA e Ucrânia votaram contra resolução da ONU de combate ao nazismo.                                                                            Resolução aprovada pela ONU em dezembro de 2021 manifesta preocupação com a glorificação do nazismo em alguns países, como aconteceu na Ucrânia após a deposição de presidente pró-Rússia".                               https://revistaforum.com.br/global/2022/2/25/somente-eua-ucrnia-votaram-contra-resoluo-da-onu-de-combate-ao-nazismo-110706.html

Integrante do Batalhão Azov na Ucrânia formada por neonazistas ''defensores da liberdade'', segundo a OTAN, que os armam e financiam para matar civis nas repúblicas de Donetsk e Lugansk. 
- https://www.reddit.com/r/BrasildoB/comments/sod251/integrante_do_batalh%C3%A3o_azov_na_ucr%C3%A2nia_formada/

No Shopping Gorodok
Gallery em Kiev, Ucrânia, em      16/02/2019: a  SUÁSTICA !

UM EXEMPLO DE CONDUTA ?!
(notar os tiques característicos)


A GUERRA OTAN/EUA/UCRÂNIA, OS NAZIS X RÚSSIA
Os milicianos e militares ucranianos passaram a amarrar civis em postes como punição. Tal metodologia foi herdada dos nazistas alemães da IIGG e, de fato, se repete. Usaram até crianças... !!

Todos cidadãos ucranianos que tentassem alcançar as fronteiras ou 'corredores verdes' (criados pelos russos), os militares ucranianos os detinham.
Adultos, velhos e crianças eram surrados, amarrados em postes e titulados como antissociais, saqueadores e colaboracionistas...
Civis tentam deixar de ser usados como barreira ao avanço russo:

Abaixo, vídeos de pais e filhos barrados e capturados de um veículo em fuga e amarrados a um poste por soldados ucranianos, por querer fugir de Mariupol: O Exercito da Ucrânia e suas brigadas neonazistas precisam dos civis para se esconder dos soldados russos...


https://twitter.com/historia_pensar/status/1505615439858184192?t=BrA3HLlUhnt_C8xlPxOdsQ&s=08

dê um zoom no braço do soldado que amarrou meninas num poste. País infestado de n@z1s





A Imprensa"Livre" Internacional tem seu lado e suas        versões... sem raciocínios lógicos e análises isentas...

"...Mais de 20 cadáveres civis estavam abandonados nas ruas de Bucha...
...Um passaporte ucraniano estava perto do corpo amarrado..." 


Ora, já sabemos o que os nazistas ucranianos fizeram nos postes com aqueles que tentavam fugir de Mariupol e adjacências... ‼️ 
Também sabemos que os nazistas não aceitam a fuga dos civis..., seu escudo !! 
O passaporte mostra a disposição de fuga do civil morto...

"...É possível que tenham sido mortos por serem "cúmplices" das tropas da Rússia." (!)
https://t.co/Oas7EIsnLQ 
https://t.co/KwWHawpLnC

"...Segundo autoridades ucranianas, corpos de civis torturados também foram encontrados em Konotop, a cerca de 260 quilômetros a leste de Kiev, após a retirada russa. A Rússia, porém, nega que tenha cometido os assassinatos e, segundo seu Ministério da Defesa, a Ucrânia faz "filmagem encenada de civis supostamente mortos pelas ações violentas dos russos"... 
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2022/04/03/russia-nega-massacre-de-civis-em-bucha-onde-20-corpos-foram-encontrados.htm
https://www.theguardian.com/world/2022/apr/21/facebook-posts-disputing-bucha-atrocities-shared-208000-times-in-a-week
- https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2022/04/05/russia-ucrania-5-de-abril-dia-41.htm?cmpid=copiaecola

CONFIRA: ESQUECERAM DE AVISAR QUE A GRAVAÇÃO, PARA A IMPRENSA INTERNACIONAL, SOBRE SUPOSTO EXTERMÍNIO RUSSO EM BUCHA, AINDA NÃO HAVIA TERMINADO...
https://www.theguardian.com/world/2022/apr/21/facebook-posts-disputing-bucha-atrocities-shared-208000-times-in-a-week

- Former NATO officer talks about the Bucha hoax and the Ukrainian missile against civilians attributed to Russia.                                               - Ex oficial da Otan fala da farsa de Bucha e do míssil ucraniano contra civis a atribuído à Rússia.     -  https://youtu.be/-WJFGRCL0Nk
 [ INFORMÇÃO DESAPAREDIDA DA INTERNET ]




-Sobre A Maternidade e a Grávida Ferida-

A maternidade supostamente atingida, na verdade estava ocupada por um batalhão Azov (neonazista) desde fevereiro.
As fotos da modelo grávida foram desmentidas pela própria população local !!
Ela participou de um trabalho fotográfico...
Explicações sobre as condições do prédio, afirmam que se tivesse sido atingido de fora para dentro as paredes externas não estariam de pé.
Veja o vídeo:
https://youtu.be/Kog5JgVZEdA


Sobre os mísseis contra Donbas -

A correspondente francesa de guerra Anne-Laure Bonnel (@al_bonnel) surpreende os âncoras do canal de TV francês CNews ao revelar que os ataques aos civis no leste da Ucrânia estão sendo feitos pelo próprio exército ucraniano !

Ver :                                                                              -  https://www.youtube.com/watch?v=7dS0howUzcQ
 https://sputniknewsbrasil.com.br/20221202/jornalista-britanico-sobre-bombardeios-ucranianos-contra-donbass-maior-encobrimento-da-europa-26224887.html



Sobre os Massacre de Bucha -

Ex-oficial da Otan fala da farsa de Bucha e do míssil ucraniano contra civis atribuído à Rússia 
 https://youtu.be/-WJFGRCL0Nku 

A emissora alemã DW Deutsche Welle, em reportagem local, transmite cenas de Bucha onde se percebe claros sinais de combates, ou melhor, carros civis destruídos, prédios danificados, incêndios... As pessoas entrevistadas (duas e uma outra com clara desconfiança em seu olhar de medo) afirmam que os russos, ao abandonar a cidade, atiravam contra pessoas nas ruas... 
Refletindo: qual seria a estratégia que beneficiaria o exército russo e quais as razões para enterrar soldados russos e civis ucranianos em valas comuns ?!?..."
https://www.dw.com/en/bucha-mounting-evidence-of-atrocities-against-civilians/video-61378321

Abaixo, a BBC afirma:
"...Há uma imagem de satélite anterior disponível na Maxar em 11 de marçoParece mostrar corpos nos mesmos locais, mas é menos claro do que o de 19 de março.

Reivindicação russa: 'cadáveres falsificados'

A Rússia diz que suas forças se retiraram de Bucha em 30 de marçoOs ucranianos dizem que isso aconteceu na madrugada de 31 de março.

Em 1º de abril, foi postada uma filmagem filmada de um carro passando pela cidade, que mostrava corpos em ambos os lados de uma estrada.

A Rússia alegou que mostra "cadáveres falsos" e foi "encenada" depois que suas tropas deixaram a cidade.

Comparamos as imagens do carro com as imagens de satélite de Bucha de 19 de março (quando os russos estavam no controle)."

- https://www.bbc.com/news/60981238

Reflexão: como os cadáveres permaneceram 10 ou 11 dias sem sinais óbvios de putrefação devido a sua exposição ao ar livre ? E como pelo menos "cadáveres" se cobriram durante a reportagem ?!

"Após a retirada russa...um vídeo foi postado nas redes sociais em 1º de abril de 2022, mostrando baixas civis em massa. [27] [51] De acordo com o prefeito Fedoruk, "centenas de soldados russos" também estavam entre os corpos encontrados na região. [52] Posteriormente, surgiram mais evidências que pareciam mostrar crimes de guerra cometidos pelas forças russas enquanto ocupavam a região. [53] Soldados das Forças de Defesa Territorial da Ucrânia disseram ter encontrado dezoito corpos mutilados de homens, mulheres e crianças no porão de um acampamento de verão em Zabuchchya, perto de Bucha. [54]

- https://en.wikipedia.org/wiki/Bucha_massacre

Reflexão: como assim ?!? Houveram combates contra que exércitos ou milícias civis ?!?

Forças especiais da Polícia Nacional estão limpando a cidade de Bucha, vídeo da Polícia Nacional da Ucrânia
Um cadáver dentro de um carro destruído em Bucha , 2 de abril de 2022
Civis executados com pulsos amarrados em restrições de plástico, em um porão em Bucha, 3 de abril de 2022

Muitas perguntas sobre o massacre de Bucha [Warning Graphic Images]Originalmente publicado: Notícias do Consórcio em 4 de abril de 2022 por Joe Lauria (mais por Consortium News ) |(Publicado em 06 de abril de 2022 )

Poucas horas após a notícia de domingo de que houve um massacre em Bucha, uma cidade 63 km ao norte da capital ucraniana, o veredicto foi dado: as tropas russas massacraram insensatamente centenas de civis inocentes enquanto se retiravam da cidade, deixando seus corpos espalhados nas ruas.

Ao contrário de seus sistemas judiciais, quando se trata de guerra, as nações ocidentais dispensam a necessidade de investigações e provas e declaram a culpa com base em motivos políticos: a Rússia é culpada. Caso encerrado.

Só que o caso ainda nem foi aberto e a sentença já está sendo proposta. O presidente francês, Emmanuel Macron, por exemplo, pediu que o carvão e o petróleo russos fossem banidos da Europa. “Há indícios muito claros de crimes de guerra”, disse ele à rádio France Inter na segunda-feira.

"O que aconteceu em Bucha exige uma nova rodada de sanções e medidas muito claras, por isso vamos nos coordenar com nossos parceiros europeus, especialmente com a Alemanha."

Outras vozes agora estão pedindo perigosamente que os EUA entrem em guerra com a Rússia por causa do incidente.


“Isso é genocídio”, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ao Face the Nation na CBS. “Mães de russos deveriam ver isso. Veja quais bastardos você criou. Assassinos, saqueadores, açougueiros”, acrescentou no Telegram.

A Rússia negou categoricamente que tenha algo a ver com o massacre.

|  Captura de tela do vídeo do Fedoruk no Facebook |  RM Online

Captura de tela do vídeo de Fedoruk no Facebook.

Onde começar -

Se houvesse uma investigação séria, um dos primeiros lugares em que um investigador começaria seria mapear uma linha do tempo dos eventos.

Na quarta-feira passada, todas as forças russas deixaram Bucha, segundo o Ministério da Defesa russo.

Isso foi confirmado na quinta-feira por um sorridente Anatolii Fedoruk , prefeito de Bucha, em um vídeo na página oficial da Câmara Municipal de Bucha no Facebook. A postagem traduzida que acompanha o vídeo diz:

31 de março – dia da libertação de Bucha. O anúncio foi feito pelo prefeito de Bucha, Anatolii Fedoruk. Este dia ficará na gloriosa história de Bucha e de toda a comunidade de Bucha como um dia de libertação pelas Forças Armadas da Ucrânia dos ocupantes russos.

Todas as tropas russas se foram e ainda não há menção de um massacre. O radiante Fedoruk diz que é um “dia glorioso” na história de Bucha, o que dificilmente seria o caso se centenas de civis mortos estivessem espalhados pelas ruas ao redor de Fedoruk

“O Ministério da Defesa da Rússia negou as acusações do regime de Kiev sobre o suposto assassinato de civis em Bucha, na região de Kiev. Evidências de crimes em Bucha apareceram apenas no quarto dia depois que o Serviço de Segurança da Ucrânia e representantes da mídia ucraniana chegaram à cidade. Todas as unidades russas se retiraram completamente de Bucha em 30 de março e 'nem um único residente local foi ferido' durante o tempo em que Bucha estava sob o controle das tropas russas”, disse o MOD russo em um post no Telegram.

O que aconteceu depois?-

O que aconteceu então na sexta e no sábado? Conforme apontado em um artigo de Jason Michael McCann no Standpoint Zero , o The New York Times esteve em Bucha no sábado e não noticiou um massacre. Em vez disso, o Times disse que a retirada foi concluída no sábado, dois dias depois que o prefeito disse que sim, e que os russos deixaram "atrás deles soldados mortos e veículos queimados, segundo testemunhas, autoridades ucranianas, imagens de satélite e analistas militares".

Times disse que os repórteres encontraram os corpos de seis civis. “Não ficou claro em que circunstâncias eles morreram, mas a embalagem descartada de uma ração militar russa estava ao lado de um homem que levou um tiro na cabeça”, disse o jornal. Em seguida, citou um conselheiro de Zelensky, que disse:

"Os corpos de pessoas com as mãos amarradas, que foram mortas a tiros por soldados, jazem nas ruas", disse o conselheiro Mykhailo Podolyak no Twitter. 'Essas pessoas não estavam no exército. Eles não tinham armas. Eles não representavam nenhuma ameaça. Ele incluiu a imagem de uma cena, fotografada pela Agence France-Presse, mostrando três corpos na beira de uma estrada, um deles com as mãos aparentemente amarradas nas costas. O New York Times não conseguiu verificar de forma independente a alegação do Sr. Podolyak de que as pessoas haviam sido executadas.'    ...".
-  https://mronline.org/2022/04/06/questions-abound-about-bucha-massacre-warning-graphic-images/


Sobre Kramatorsk -

"O Ministério da Defesa da Rússia informou que o míssil Tochka-U que atingiu o terminal ferroviário de Kramatorsk foi disparado por uma divisão de mísseis ucraniana localizada a 45 km do alvo no vilarejo de Dobropolie".  
Defesa da Rússia: ataque ucraniano a Kramatorsk visou usar moradores como escudos humanos.
As forças ucranianas atacaram o terminal ferroviário de Kramatorsk usando o sistema de mísseis balísticos Tochka-U a 45 quilômetros de distância, segundo o Ministério da Defesa da Rússia.
As forças ucranianas usaram um sistema de mísseis balísticos Tochka-U para atacar Kramatorsk. O míssil foi disparado da área do povoado de Dobropolie, a 45 quilômetros de distância, declarou na sexta-feira (8) o Ministério da Defesa da Rússia.
O representante do ministério acrescentou que "o objetivo do ataque do regime de Kiev contra a estação ferroviária de Kramatorsk era interromper a saída em massa dos moradores da cidade, a fim de usá-los como 'escudo humano' para defender suas posições". [18:34, 08/11/2022] 
https://twitter.com/historia_pensar/status/1505615439858184192?t=BrA3HLlUhnt_C8xlPxOdsQ&s=08



ABAIXO: 
O comandante nazista do 
Batalhão Azov,  Denis Prokopenko, é preso pelo exército russo. Povo ucraniano tenta linchá-lo. Pode ser ouvido dos populares: 
 "'FASHIST, FASHIST !!"'

Após casos de russofobia na Alemanha no contexto do conflito na Ucrânia, Berlim tem carreata pelo fim do preconceito contra os russos ...


No Brasil, a Imprensa Copy-desk segue nossa tradição de "suspeição é quase prova"...

JN DESMENTE FAKE NEWS - Levou quase um mês para que o repórter chefe William Bonner  desmentisse a notícia divulgada pelo JN. O carro blindado que passou por cima de um carro civil na Ucrânia não era nem "tanque", nem  russo. Era um veículo militar da própria Ucrânia que perdeu o controle. O ocupante do carro não morreu. A campanha contra os russos não tem pressa de dizer a verdade.       
 https://www.plantaobrasil.net/news.asp?nID=12686

     NÃO SAÍU NA GRANDE IMPRENSA INTERNACIONAL...
https://sputniknewsbrasil.com.br/20230630/human-rights-watch-encontra-novas-evidencias-de-que-ucrania-usa-tipo-de-minas-proibido-29429728.html

ÀS MARGENS DAS LEIS E CONVENÇÕES DE GUERRA
Aliados dos EUA criticam envio de bombas de fragmentação à Ucrânia: Reino Unido, Canadá e Espanha são contra decisão de Biden; armamento é proibido em 123 países...
*Os ianques, tradicionalmente, rasgam acordos e tratados internos e internacionais...*
*1)-*
https://www.poder360.com.br/europa-em-guerra/aliados-dos-eua-criticam-envio-de-bombas-de-fragmentacao-a-ucrania/
*2)-*
https://static.poder360.com.br/2022/03/bomba-fragmentacao-848x477.png

*Leia mais no texto original: https://www.poder360.com.br/europa-em-guerra/aliados-dos-eua-criticam-envio-de-bombas-de-fragmentacao-a-ucrania/
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DIA 06/07/2023
[FAKENEWS, CREDULIDADE BASBAQUE E ALIENAÇÃO POLÍTICA]
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Moscou já está ardendo?
Espantoso ver gente que há mais de um ano fala na derrota da Rússia ache agora uma vitória ucraniana “mais fácil”_
6 de julho de 2023, 18:27 h
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Yevgeny Prigozhin e Vladimir Putin 
(Foto: Reuters | Sputnik)
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Daniel Vaz de Carvalho, Strategic Culture

A guerra das narrativas.
Quando do caso Prigozhin, nas *mídias perpassou uma alegre expectativa de “Moscou já está a arder?” Um conhecido telefona-me em tom irónico: “Então o Putin está em fuga?” e “Agora a vitória da Ucrânia vai ser mais fácil.”
 _Apenas pude dizer, não sei se bem se mal, que quem acredita nas televisões não faz a mínima ideia do que se passa no mundo._ 
*É espantoso que gente que há mais de um ano fala na derrota da Rússia ache agora uma vitória da Ucrânia “mais fácil”.*

Eram afirmações com ponto de interrogação no fim e aldrabices como as do Moscow News, sediado na Holanda, que como credibilidade vale tanto como o “Observatório dos direitos humanos da Síria”, em Londres, uma espécie de departamento do MI6 (serviços secretos britânicos), etc. *Mas a mais estúpida foi a do paradeiro do general Surovkin: “Onde está Surovkin? Terá sido preso?” Apesar do desmentido da filha a novela prosseguiu, como se a localização de altas patentes não tivesse de ser mantida desconhecida.*

 _É a “guerra das narrativas” – a única que o ocidente tem ganho para mascarar as perdas reais –_ como escreve o ex-diplomata britânico Alastair Crooke: 
 “Vivemos uma “guerra de narrativas”, como a insistência de que apenas uma “realidade”, a ideologia de “regras” liderada pelos EUA, pode prevalecer. A linguagem do ocidente abjura qualquer diplomacia séria e sinaliza que é imperativo manter a narrativa: a Ucrânia ganha, Putin perde. Washington (e a UE/OTAN) não podem livrar-se da crença de que a Rússia é frágil, que suas forças armadas são pouco competentes, que sua economia entra em colapso, que Putin acabará por aceitar qualquer “ramo de oliveira” que os EUA lhe estendam”.

Trata-se de “acreditar no absurdo”. Subordinados aos interesses oligárquicos os media funcionam como câmaras de ecos, difundem falsas notícias, a realidade, é ofuscada. Narrativas são elaboradas e mantidas sem cessar, na forma de “tema e variações”.     De acordo com os media: [Grande Imprensa Partidária Internacional]
A Rússia destruiu os seus próprios gasodutos; bombardeou a ponte sobre a Crimeia; atacou a sua central nuclear de Zaporozhye (agora prepara-se para a destruir!); atacou o Kremlin com drones; destruiu a sua barragem e central hidroelétrica de Kakhovskaya, inundando os seus campos e aldeias, destruindo suas defesas militares, dificultando o abastecimento de água à Crimeia; a Rússia está derrotada e os soldados desmoralizados. [?!?]
 Na Rússia, como em qualquer país que não obedeça totalmente ao ocidente, não existe um governo, uma Constituição, eleições, existe um “regime”, uma “autocracia”.
*Não é necessário apresentar provas do que se diz, basta repeti-lo vezes sem conta*. _Quem o negar entra na lista de suspeitos._ 
O ocidente está saturado de propaganda destinada a manipular a forma como o público pensa, age, trabalha, compra e vota.
Os trabalhadores dos media [Grande Imprensa Internacional] testemunharam estar sob constante pressão para espalhar narrativas favoráveis ao status-quo político do império americano. Os media apoiam todas as guerras dos EUA e mobilizam-se para os objetivos da política externa dos EUA, exibindo preconceitos contra os governos visados pelo império, claro que isto só acontece com um mínimo de pensamento crítico. (Caitlin Johnstone)

As campanhas mediáticas mascararam como os acordos de Minsk foram traídos ou a expansão da OTAN vem se dando, além de escamotear o neonazismo instaurado em Kiev.
Aos media compete garantir que ao poder hegemónico é dado fazer coisas más em nome da “ordem internacional baseada em regras”. 
Chantagem financeira, agressões, assassinatos seletivos (como os ordenados pelo prémio Nobel da Paz Obama no Paquistão e respetivos “danos colaterais”) passam sem crítica.
Julian Assange denunciou estas situações, inclusive os assassinatos de jornalistas da Reuters, Saeed Chmagh e Namir Noor-Eldeen, entre outros, sendo baleados por um helicóptero dos EUA.
*Julian Assange* está preso no Reino Unido, tendo pendente a extradição para os EUA para ser preso por 175 anos.

https://www.brasil247.com/ideias/moscou-ja-esta-ardendo
§∆§

"...No" _quadro de morte, corrupção e tráfico de armas" pode se incluir a decisão da OTAN de treinar soldados ultranacionalistas da Ucrânia_. Estes treinamentos são conduzidos por países ocidentais sob pretexto de uma missão de assistência militar a Kiev.
Segundo o colunista, os batalhões neonazistas ucranianos poderão influenciar a ideologia de seu próprio país,_ mas as consequências disso podem afetar a Europa..."*

https://sputniknewsbrasil.com.br/20230602/ucrania-esta-pagando-com-banho-de-sangue-pela-entrega-de-armas-do-ocidente-diz-jornalista-29076151.html

O "SHERIFE DO MUNDO" CONTINUA EM SUA PRÁTICA GENOCIDA DE ESPALHAR MENTIRAS ATRAVÉS DE SEU PODER MIDIÁTICO INTERNACIONAL, BLEFAR, RASGAR ACORDOS/TRATADOS, ASSASSINAR LÍDERES, SABOTAR E SAQUEAR.

"...Sergei Lavrov também observou que nos círculos políticos ocidentais já se fala em "descolonizar a Rússia". O chanceler russo explicou que por trás dessas intenções está a vontade de "desmembrar a Rússia"..."

https://sputniknewsbrasil.com.br/20230528/lavrov-ha-vozes-no-ocidente-contra-o-envio-de-f-16-para-kiev-mas-nao-sao-elas-que-decidem-29010168.html

*"...No " _quadro de morte, corrupção e tráfico de armas" pode se incluir a decisão da OTAN de treinar soldados ultranacionalistas da Ucrânia_. Estes treinamentos são conduzidos por países ocidentais sob pretexto de uma missão de assistência militar a Kiev.
*_Segundo o colunista, os batalhões neonazistas ucranianos poderão influenciar a ideologia de seu próprio país,_ mas as consequências disso podem afetar a Europa..."*
O treinamento da OTAN amplamente divulgado em pleno verão, conhecido como BALTOP 22, plantou os explosivos acionados remotamente que, três meses depois, destruíram três dos quatro gasodutos Nord Stream, segundo uma fonte com conhecimento direto do planejamento operacional.

Dois dos gasodutos, conhecidos coletivamente como Nord Stream 1 e 2, vinham fornecendo à Alemanha e grande parte da Europa Ocidental gás natural russo barato por mais de uma década. Um segundo par de gasodutos, chamado Nord Stream 2, foi construído, mas ainda não estava operacional. Agora, conforme as tropas russas se concentram na fronteira ucraniana e a guerra mais sangrenta na Europa desde 1945 se aproxima, o presidente Joseph Biden viu os gasodutos como um veículo para Vladimir Putin transformar o gás natural em armas para suas ambições políticas e territoriais.

Solicitada a comentar, Adrienne Watson, porta-voz da Casa Branca, disse em um e-mail: “Isso é uma ficção falsa e completa”. Tammy Thorp, porta-voz da Agência Central de Inteligência (CIA), escreveu da mesma forma: “Esta afirmação é totalmente falsa”.

A decisão de Biden de sabotar os gasodutos ocorreu após mais de nove meses de debates altamente secretos dentro da comunidade de segurança nacional de Washington sobre a melhor forma de atingir esse objetivo. Durante grande parte desse tempo, a questão não se missão deveria ser feita, mas como realizá-la sem deixar nenhuma pista clara de quem é o responsável.

Havia uma razão burocrática vital para confiar nos graduados da escola de mergulho do centro de Panama City. Os mergulhadores eram apenas da Marinha, e não membros do Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos, cujas operações secretas devem ser relatadas ao Congresso e informadas com antecedência à liderança do Senado e da Câmara – a chamada Gangue dos Oito [que reúne quatro membros de cada uma das casas]. A administração Biden estava fazendo todo o possível para evitar vazamentos, pois o planejamento ocorreu entre o final de 2021 e os primeiros meses de 2022.

O presidente Biden e sua equipe de política externa – o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan, o secretário de Estado Tony Blinken e Victoria Nuland, a subsecretária de Estado para Políticas – manifestaram consistentemente sua hostilidade aos dois gasodutos, que funcionaram lado a lado por 1.200 quilômetros sob o Mar Báltico ligando dois portos diferentes no nordeste da Rússia, perto da fronteira com a Estônia, passando perto da ilha dinamarquesa de Bornholm antes de chegar ao norte da Alemanha.

A rota direta, que evitou qualquer necessidade de passar pela Ucrânia, foi uma benção para a economia alemã, que desfrutou de uma abundância de gás natural russo barato – o suficiente para operar suas fábricas e aquecer suas casas enquanto permitia que os distribuidores alemães vendessem o excesso de gás, a preços acessíveis, com lucro, para toda a Europa Ocidental. Uma ação que pudesse ser atribuída ao governo estadunidense seria uma violação das promessas dos EUA de minimizar o conflito direto com a Rússia. O sigilo era essencial.

Desde seus primeiros dias, o Nord Stream 1 foi visto por Washington e seus parceiros anti-russos da OTAN como uma ameaça ao domínio ocidental. A holding que estava por trás, Nord Stream AG, foi constituída na Suíça em 2005 em parceria com a Gazprom, uma empresa russa de capital aberto que entrega enormes lucros para os acionistas e é dominada por oligarcas conhecidos por serem da corte de Putin. A Gazprom controlava 51% da empresa, com quatro empresas europeias de energia – uma na França, uma na Holanda e duas na Alemanha – compartilhando os 49% restantes das ações e tendo o direito de controlar as vendas do gás natural barato para distribuidores locais na Alemanha e na Europa Ocidental. Os lucros da Gazprom foram compartilhados com o governo russo, e as receitas estatais de gás e petróleo, em alguns anos, foram estimadas em não menos que 45% do orçamento anual da Rússia.

Os temores políticos dos Estados Unidos eram reais: Putin teria agora uma enorme e desejada fonte de renda adicional, e a Alemanha e toda a Europa Ocidental ficariam viciadas [?!] em gás natural barato fornecido pela Rússia – diminuindo a dependência europeia dos Estados Unidos. Na verdade, foi exatamente isso que aconteceu. Muitos alemães viram o Nord Stream 1 como parte da libertação da famosa Teoria da Ostpolitik do ex-chanceler Willy Brandt, o que permitiria à Alemanha do pós-guerra reabilitar a si mesma e a outras nações europeias destruídas na Segunda Guerra Mundial, entre outras iniciativas, utilizando gás russo barato para abastecer o próspero mercado e economia da Europa Ocidental.

O Nord Stream 1 era bastante perigoso, na opinião da OTAN e de Washington, mas o Nord Stream 2, cuja construção foi concluída em setembro de 2021, se fosse aprovado pelos reguladores alemães, dobraria a quantidade de gás barato que estaria disponível para a Alemanha e a Europa Ocidental. O segundo gasoduto também forneceria gás suficiente para mais de 50% do consumo anual da Alemanha. As tensões aumentavam constantemente entre a Rússia e a OTAN, apoiadas pela agressiva política externa do governo Biden.

A oposição ao Nord Stream 2 explodiu na véspera da posse de Biden em janeiro de 2021, quando os republicanos do Senado, liderados por Ted Cruz, do Texas, levantaram repetidamente a ameaça política do gás natural russo barato [?!] durante a audiência de confirmação de Blinken como Secretário de Estado. A essa altura, um Senado unificado havia aprovado com sucesso uma lei que, como Cruz disse a Blinken, “interrompeu (o gasoduto) em seu caminho”. Haveria uma enorme pressão política e econômica do governo alemão, então chefiado por Angela Merkel, para colocar o segundo gasoduto em operação.

Biden enfrentaria os alemães? Blinken disse que sim, mas acrescentou que não tinha discutido os detalhes das opiniões do novo presidente. “Eu conheço sua forte convicção de que esta é uma má ideia, o Nord Stream 2”, disse ele. “Eu sei que ele quer que usemos todas as ferramentas persuasivas que temos para convencer nossos amigos e parceiros, incluindo a Alemanha, a não seguir em frente com isso.”

Alguns meses depois, quando a construção do segundo oleoduto estava quase concluída, Biden pestanejou (blinked). Naquele mês de maio, em uma reviravolta impressionante, o governo renunciou às sanções contra a Nord Stream AG, e um funcionário do Departamento de Estado reconheceu que tentar barrar o oleoduto por meio de sanções e diplomacia “sempre foi uma hipótese remota”. Nos bastidores, funcionários do governo supostamente instaram o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, então diante da ameaça de invasão russa, a não criticar essa medida.

Houve consequências imediatas. Os senadores republicanos, liderados por Cruz, anunciaram um bloqueio imediato de todos os indicados de política externa de Biden e atrasaram a aprovação do projeto de lei anual de defesa por meses. O site Politico mais tarde retratou a reviravolta de Biden relativa ao segundo gasoduto russo como “a decisão, mais até do que a caótica retirada militar do Afeganistão, que colocou em perigo a agenda de Biden”.

O governo seguia aos solavancos, apesar de ter conseguido um adiamento da crise em meados de novembro, quando os reguladores de energia da Alemanha suspenderam a aprovação do gasoduto Nord Stream 2. O preço do gás natural subiu 8% em poucos dias, em meio a temores crescentes na Alemanha e na Europa de que a suspensão do gasoduto e a crescente possibilidade de uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia levariam a um muito indesejado inverno frio. Não estava claro para Washington exatamente qual era a posição de Olaf Scholz, o recém-nomeado chanceler da Alemanha. Meses antes, após a queda do Afeganistão, Scholtz havia endossado publicamente o apelo do presidente francês Emmanuel Macron por uma política externa europeia mais autônoma em um discurso em Praga – sugerindo claramente menos confiança em Washington e suas ações intempestivas.

Por todo esse tempo, as tropas russas foram se acumulando de forma constante e ameaçadora nas fronteiras da Ucrânia e, no final de dezembro, mais de 100 mil soldados estavam em posição de atacar da Bielo-Rússia e da Crimeia. O alarme estava crescendo em Washington, incluindo uma avaliação de Blinken de que o número de combatentes poderia ser “dobrado em curto prazo”.

A atenção da administração mais uma vez se concentrou no Nord Stream. Enquanto a Europa permanecesse dependente dos gasodutos de gás natural barato, Washington temia que países como a Alemanha relutassem em fornecer à Ucrânia o dinheiro e as armas necessárias para derrotar a Rússia.

Foi nesse momento agitado que Biden autorizou Jake Sullivan a reunir um grupo interagências para elaborar um plano.

Todas as opções deveriam estar sobre a mesa. Mas apenas uma surgiria.

Planejamento

Em dezembro de 2021, dois meses antes dos primeiros tanques russos adentrarem a Ucrânia, Jake Sullivan convocou uma reunião de uma força-tarefa recém-criada – homens e mulheres do Estado-Maior Conjunto, da CIA e dos Departamentos de Estado e do Tesouro – e pediu recomendações sobre como responder à iminente invasão de Putin.

Seria a primeira de uma série de reuniões ultrassecretas, em uma sala segura no último andar do Old Executive Office Building, adjacente à Casa Branca, que também abrigava o Conselho Consultivo do Presidente para Inteligência sobre Assuntos Estrangeiros (PFIAB). Houve a habitual conversa introdutória que acabou levando a uma questão preliminar crucial: a recomendação encaminhada pelo grupo ao presidente deveria ser reversível – como outra camada de sanções e restrições monetárias – ou irreversível – isto é, ações cinéticas, algo que não poderia ser desfeito?

O que ficou claro para os participantes, de acordo com a fonte com conhecimento direto do processo, é que Sullivan pretendia que o grupo apresentasse um plano para a destruição dos dois gasodutos Nord Stream – e que ele cumpria os desejos do Presidente.

Da esquerda para a direita: Victoria Nuland, Anthony Blinken e Jake Sullivan.

Nas várias reuniões que se seguiram, os participantes debateram as alternativas de ataque. A Marinha propôs o uso de um submarino recém-comissionado para atacar diretamente o gasoduto. A Força Aérea discutiu o lançamento de bombas com fusíveis retardados que poderiam ser ativados remotamente. A CIA argumentou que o que quer que fosse feito, teria que ser secreto. Todos os envolvidos entenderam o que estava em jogo. “Isso não é coisa de criança”, disse a fonte. Se fosse possível rastrear o ataque chegando aos Estados Unidos, seria “um ato de guerra”.

Na época, a CIA era dirigida por William Burns, um delicado ex-embaixador na Rússia que havia servido como vice-secretário de Estado no governo Obama. Burns rapidamente autorizou um grupo de trabalho da agência, tendo entre os membros ad hoc – por acaso – alguém que era familiarizado com as capacidades dos mergulhadores de águas profundas da Marinha do centro de Panama City. Nas semanas seguintes, membros do grupo de trabalho da CIA começaram a elaborar um plano para uma operação secreta que usaria mergulhadores de águas profundas para desencadear uma explosão ao longo do oleoduto.

Algo assim já havia sido feito antes. Em 1971, o a comunidade de inteligência estadunidense soube por meio de fontes ainda não reveladas que duas importantes unidades da Marinha russa estavam se comunicando através de um cabo submarino enterrado no Mar de Okhotsk, na costa leste da Rússia. O cabo ligava um comando regional da Marinha ao quartel-general continental em Vladivostok.

Uma equipe de agentes da CIA e da NSA [Agência Nacional de Segurança] escolhidos a dedo foi reunida em algum lugar na área de Washington, sob profundo sigilo, e elaborou um plano – usando mergulhadores da Marinha, submarinos modificados e um veículo de resgate submarino em águas profundas – que teve sucesso, após muita tentativa e erro, na localização do cabo russo. Os mergulhadores plantaram um sofisticado dispositivo de escuta no cabo que interceptou com sucesso as mensagens russas, que passaram a ser gravadas em um sistema de fita.

A NSA descobriu que oficiais superiores da marinha russa, convencidos da segurança de seu canal de comunicação, conversavam com seus pares sem criptografia. O dispositivo de gravação e sua fita tiveram que ser substituídos mensalmente e o projeto prosseguiu alegremente por uma década, até que foi arruinado por um técnico civil da NSA, de 44 anos, chamado Ronald Pelton, que era fluente em russo. Pelton foi traído por um desertor russo em 1985 e condenado à prisão. Ele recebeu apenas US$ 5 mil dos russos por suas revelações sobre a operação, além de US$ 35 mil por outros dados operacionais russos que ele forneceu e nunca foram tornados públicos.

Esse sucesso subaquático, de codinome Ivy Bells, foi inovador e arriscado, e produziu inteligência inestimável sobre as intenções e os planos da Marinha russa.

Ainda assim, o grupo interagências estava inicialmente cético em relação ao entusiasmo da CIA por um ataque secreto em alto mar. Havia muitas perguntas sem resposta. As águas do Mar Báltico eram fortemente patrulhadas pela Marinha russa e não havia plataformas de petróleo que pudessem servir como cobertura para uma operação de mergulho. Os mergulhadores teriam que ir para a Estônia, do outro lado da fronteira das docas de carregamento de gás natural da Rússia, para treinar para a missão? “Seria um fiasco”, disseram à CIA.

Durante “toda essa maquinação”, disse a fonte, “alguns funcionários da CIA e do Departamento de Estado diziam: ‘Não façam isso. É estúpido e será um pesadelo político se vier a público’.”

No entanto, no início de 2022, o grupo de trabalho da CIA relatou ao grupo interagências de Sullivan: “Temos uma maneira de explodir os oleodutos”.

O que veio a seguir foi impressionante. Em 7 de fevereiro, menos de três semanas antes da aparentemente inevitável invasão russa da Ucrânia, Biden se reuniu em seu escritório na Casa Branca com o chanceler alemão Olaf Scholz, que, depois de vacilar um pouco, agora se posicionava firmemente no time americano. Na coletiva de imprensa que se seguiu, Biden disse desafiadoramente: Se a Rússia invadir… não haverá mais Nord Stream 2. Vamos acabar com isso.”

Vinte dias antes, a subsecretária Victoria Nuland manifestara essencialmente a mesma mensagem em uma reunião do Departamento de Estado, com pouca cobertura da imprensa. “Quero ser muito clara com vocês hoje”, disse ela em resposta a uma pergunta. “Se a Rússia invadir a Ucrânia, de uma forma ou de outra o Nord Stream 2 não avançará.”

Vários dos envolvidos no planejamento da missão do gasoduto ficaram consternados com o que consideraram referências indiretas ao ataque.

“Foi como colocar uma bomba atômica no solo de Tóquio e dizer aos japoneses que vamos detoná-la”, disse a fonte. “O plano era que as alternativas fossem executadas após a invasão e não anunciadas publicamente. Biden simplesmente não entendeu ou ignorou”.

A indiscrição de Biden e Nuland, se é que se tratou disso, pode ter frustrado alguns no grupo de planejamento. Mas também criou uma oportunidade. Segundo a fonte, alguns dos altos funcionários da CIA determinaram que explodir o gasoduto “não poderia mais ser considerado uma alternativa secreta porque o presidente acabava de anunciar que sabíamos como fazê-lo”.

O plano para explodir os Nord Stream 1 e 2 foi repentinamente rebaixado de operação secreta que exigia que o Congresso fosse informado para ser considerada uma operação de inteligência de classificação alta com apoio militar dos EUA. De acordo com a lei, explicou a fonte, “Não havia mais uma exigência legal de relatar a operação ao Congresso. Tudo o que eles tinham que fazer agora era apenas realizá-la – mas ainda assim tinha que ser secreta. Os russos têm uma vigilância superlativa do Mar Báltico”.

Os membros do grupo de trabalho da CIA não tinham contato direto com a Casa Branca e estavam ansiosos para descobrir se o presidente estava falando sério – ou seja, se a missão estava em andamento. A fonte recordou: “Bill Burns volta e diz: ‘Vão em frente’.”

“A marinha norueguesa foi rápida em encontrar o local certo, nas águas rasas a alguns quilômetros da ilha de Bornholm, na Dinamarca…”

A operação 

A Noruega era o lugar perfeito para basear a missão.

Nos últimos anos da crise entre Oriente e Ocidente, os militares dos EUA expandiram enormemente sua presença na Noruega, cuja fronteira ocidental se estende por 2.250 quilômetros ao longo do norte do Oceano Atlântico e se funde acima do Círculo Polar Ártico com a Rússia. O Pentágono criou empregos e contratos com altos salários, em meio a alguma controvérsia local, investindo centenas de milhões de dólares para atualizar e expandir as instalações da Marinha e da Força Aérea americana na Noruega. Os novos trabalhos incluíam, com a maior importância, um avançado radar de abertura sintética bem ao norte que era capaz de penetrar profundamente na Rússia e foi conectado no momento em que a comunidade de inteligência estadunidense perdeu o acesso a uma série de pontos de escuta de longo alcance no território da China.

Uma base submarina estadunidense recém-reformada, que estava em construção há anos, tornou-se operacional e mais submarinos estadunidenses agora poderiam de trabalhar em cooperação com seus colegas noruegueses para monitorar e espionar um importante reduto nuclear russo localizado 400 quilômetros a leste, na península de Kola. Os EUA também expandiram vastamente uma base aérea norueguesa no norte e entregaram à força aérea norueguesa uma frota de aviões de patrulha P8 Poseidon construídos pela Boeing para reforçar sua espionagem de longo alcance em tudo o que se refere à Rússia.

Em troca, o governo norueguês irritou os liberais e alguns moderados em seu parlamento em novembro passado ao aprovar o Acordo Suplementar de Cooperação em Defesa (SDCA). Pelo novo acordo, o sistema legal dos EUA teria jurisdição em certas “áreas acordadas” no norte sobre os soldados americanos acusados ​​de crimes fora da base, bem como sobre os cidadãos noruegueses acusados ​​ou suspeitos de interferir no trabalho na base.

A Noruega foi um dos signatários originais do Tratado da OTAN em 1949, nos primeiros dias da Guerra Fria. Hoje, o comandante supremo da OTAN é Jens Stoltenberg, um anticomunista convicto, que serviu como primeiro-ministro da Noruega por oito anos antes de se mudar para seu alto posto na OTAN, com apoio americano, em 2014. Ele era linha-dura em tudo relacionado a Putin e Rússia, e cooperou com a comunidade de inteligência dos EUA desde a Guerra do Vietnã. Ele tem sido considerado absolutamente confiável desde então. “Ele é a luva que serve à mão americana”, disse a fonte.

De volta a Washington, os planejadores sabiam que tinham que chegar à Noruega. “Eles odiavam os russos, e a marinha norueguesa é cheia de excelentes marinheiros e mergulhadores com experiência de gerações na exploração altamente lucrativa de petróleo e gás em alto mar”, disse a fonte. Eles também poderiam ser confiáveis ​​para manter a missão em segredo. (Os noruegueses também podem ter tido outros interesses. A destruição do Nord Stream — se os americanos conseguissem — permitiria à Noruega vender substancialmente mais de seu próprio gás natural para a Europa.)

Em algum momento de março, membros da equipe voaram para a Noruega para se encontrar com o Serviço Secreto e a Marinha noruegueses. Uma das questões-chave era onde exatamente no mar Báltico era o melhor lugar para plantar os explosivos. Os Nord Stream 1 e 2, cada um com dois conjuntos de gasodutos, foram separados por pouco mais de um quilômetro e meio em seu percurso até o porto de Greifswald, no extremo nordeste da Alemanha.

A Marinha norueguesa foi rápida em encontrar o local certo, nas águas rasas do mar Báltico, a poucos quilômetros da ilha dinamarquesa de Bornholm. Os gasodutos se estendiam por mais de um quilômetro e meio ao longo de um leito oceânico de apenas 80 metros de profundidade. Isso estaria bem dentro do alcance dos mergulhadores, que, operando a partir de um caçador de minas norueguês da categoria Alta, mergulhariam com uma mistura de oxigênio, nitrogênio e hélio fluindo de seus tanques e colocariam cargas C4 em forma de planta nos quatro dutos com capas protetoras de concreto. Seria um trabalho tedioso, demorado e perigoso, mas as águas de Bornholm tinham outra vantagem: não havia grandes correntes de maré, o que tornaria a tarefa de mergulhar muito mais difícil.

Depois de alguma pesquisa, os estadunidenses estavam todos de acordo.

A essa altura, o obscuro grupo de mergulho profundo da Marinha de Panama City mais uma vez entrou em ação. As escolas de alto mar de Panama City, cujos formandos participaram de Ivy Bells, são vistas como um remanso malquisto pelos graduados de elite da Academia Naval de Annapolis, que normalmente buscam a glória de serem designados como Seal, piloto de caça ou submarinista. Se alguém tiver que se tornar um “Black Shoe” – isto é, um membro do menos almejado comando de navios de superfície – ainda há pelo menos o serviço em um contratorpedeiro, cruzador ou navio anfíbio. O serviço menos glamoroso de todos é na guerra de minas. Seus mergulhadores nunca aparecem em filmes de Hollywood ou na capa de revistas.

“Os melhores mergulhadores com qualificações de mergulho profundo são uma comunidade restrita, e apenas os melhores são recrutados para a operação e instruídos a se preparar para serem convocados pela CIA em Washington”, disse a fonte.

Os noruegueses e americanos tinham localização e agentes, mas havia outra preocupação: qualquer atividade subaquática incomum nas águas de Bornholm poderia chamar a atenção das marinhas sueca ou dinamarquesa, que poderiam denunciá-la.

A Dinamarca também foi um dos signatários originais da OTAN e era conhecida na comunidade de inteligência por seus laços especiais com o Reino Unido. A Suécia se candidatou à adesão à OTAN e demonstrou sua grande habilidade no gerenciamento de seus sistemas de sensores magnéticos e sonoros subaquáticos que rastreavam com sucesso submarinos russos que ocasionalmente apareciam em águas remotas do arquipélago sueco e eram forçados a subir à superfície.

Os noruegueses juntaram-se aos estadunidenses ao insistir que alguns altos funcionários da Dinamarca e da Suécia deveriam ser informados em termos gerais sobre a possível atividade de mergulho na área. Dessa forma, alguém superior poderia intervir e manter a informação fora da cadeia de comando, isolando assim a operação do gasoduto. “O que eles ouviram e o que eles sabiam era propositalmente diferente”, disse a fonte. (A embaixada norueguesa, solicitada a comentar esta história, não respondeu.)

Os noruegueses foram fundamentais para resolver outros obstáculos. A Marinha russa era conhecida por possuir tecnologia de vigilância capaz de detectar e acionar minas subaquáticas. Os artefatos explosivos americanos precisavam ser camuflados de forma a fazê-los parecer ao sistema russo como parte do cenário natural – algo que exigia adaptação à salinidade específica da água. Os noruegueses tiveram uma solução.

Os noruegueses também tinham uma solução para a questão crucial de quando a operação deveria ocorrer. Todo mês de junho, nos últimos 21 anos, a Sexta Frota americana, cujo navio-almirante está baseado em Gaeta, Itália, ao sul de Roma, tem patrocinado um grande exercício da OTAN no mar Báltico envolvendo dezenas de navios aliados em toda a região. O exercício então, realizado em junho, seria conhecido como Baltic Operations 22, ou BALTOPS 22. Os noruegueses propuseram que esta seria a cobertura ideal para plantar as minas.

Os americanos forneceram um elemento vital: eles convenceram os planejadores da Sexta Frota a acrescentar um exercício de pesquisa e desenvolvimento ao programa. O exercício, como divulgado pela Marinha, envolveu a Sexta Frota em colaboração com os “centros de pesquisa e guerra” da Marinha. O evento no mar seria realizado na costa da ilha de Bornholm e envolveria equipes da OTAN de mergulhadores que iriam plantar minas, com equipes concorrentes usando a mais recente tecnologia subaquática para encontrá-las e destruí-las.

Foi um exercício útil e uma cobertura engenhosa. Os meninos de Panama City fariam o que sabem e os explosivos C4 estariam no local no final do BALTOPS 22, com um timer de 48 horas anexado. Todos os americanos e noruegueses já teriam ido embora na primeira explosão.

Os dias estavam em contagem regressiva. “O tempo estava passando e estávamos quase cumprindo a missão”, disse a fonte.

E então: Washington teve dúvidas. As bombas ainda seriam plantadas durante o BALTOPS 22, mas a Casa Branca temia que uma janela de dois dias para sua detonação fosse muito próxima do final do exercício e ficaria óbvio que os Estados Unidos estavam envolvidos.

Em vez disso, a Casa Branca fez um novo pedido: “Os caras em campo podem descobrir uma maneira de explodir os gasodutos mais tarde sob comando?”.

Alguns membros da equipe de planejamento ficaram irritados e frustrados com a aparente indecisão do presidente. Os mergulhadores de Panama City haviam praticado repetidamente o plantio do C4 em gasodutos, como fariam durante o BALTOPS 22, mas agora a equipe na Noruega precisava encontrar uma maneira de dar a Biden o que ele queria – a capacidade de emitir cada ordem de execução bem-sucedida a cada vez, conforme sua escolha.

Ter que lidar com mudanças arbitrárias de última hora era algo que a CIA estava acostumada a administrar. Mas também se renovaram as preocupações que alguns compartilhavam sobre a necessidade e a legalidade de toda a operação. 

As ordens secretas do presidente também evocaram o dilema da CIA nos dias da Guerra do Vietnã, quando o presidente Johnson, confrontado com o crescente sentimento anti-Guerra do Vietnã, ordenou que a CIA violasse seu estatuto – que especificamente a proibia de operar dentro dos Estados Unidos – espionando líderes anti-guerra para determinar se eles estavam sendo controlados pela Rússia comunista.

A CIA acabou concordando e, ao longo da década de 1970, ficou claro até onde estava disposta a ir. Houve revelações subsequentes em jornais após os escândalos de Watergate sobre a espionagem da CIA a cidadãos estadunidenses, seu envolvimento no assassinato de líderes estrangeiros e seu enfraquecimento do governo socialista de Salvador Allende.

Essas revelações levaram a uma dramática série de audiências no Senado em meados da década de 1970, lideradas pelo senador Frank Church, de Idaho, que deixou claro que Richard Helms, o diretor da CIA na época, entendeu que tinha a obrigação de fazer o que o presidente queria, mesmo que isso significasse violar a lei.

Em depoimento inédito e a portas fechadas, Helms explicou com pesar que “você quase tem uma Imaculada Conceição quando faz alguma coisa” sob ordens secretas de um presidente. “Se é certo que você deve tê-las, ou errado que você deve tê-las, (a CIA) trabalha sob regras e bases diferentes de qualquer outro setor do governo.” Ele estava basicamente dizendo aos senadores que ele, como chefe entendia que estava trabalhando para a Coroa, e não para a Constituição.

Os estadunidenses em missão na Noruega operaram sob a mesma dinâmica, e obedientemente começaram a trabalhar no novo problema – como detonar remotamente os explosivos C4 por ordem de Biden. Era uma tarefa muito mais complicada do que Washington imaginava. Não havia como a equipe da Noruega saber quando o presidente poderia apertar o botão. Seria em algumas semanas, em muitos meses ou ainda mais?

O C4 ligado aos gasodutos seria acionado por uma boia de sonar lançada por um avião rapidamente, mas o procedimento envolvia a mais avançada tecnologia de processamento de sinal. Uma vez instalados, os dispositivos de contagem regressiva ​​conectados a qualquer um dos quatro gasodutos poderiam ser acionados acidentalmente pela complexa mistura de ruídos de fundo do oceano em uma mar de tráfego intenso, como é o Báltico – de navios próximos e distantes, perfuração subaquática, eventos sísmicos, ondas e até criaturas marinhas. Para evitar isso, a boia do sonar, uma vez instalada, emitiria uma sequência de sons tonais únicos de baixa frequência – muito parecidos com os emitidos por uma flauta ou um piano – que seriam reconhecidos pelo dispositivo de contagem regressiva e, após um tempo predefinido de atraso, acionariam os explosivos. (“O que se quer é um sinal robusto o suficiente para que nenhum outro sinal possa enviar acidentalmente um pulso que detone os explosivos”, disse-me o Dr. Theodore Postol, professor emérito de ciência, tecnologia e política de segurança nacional no MIT. Postol, que atuou como consultor científico do Chefe de Operações Navais do Pentágono, disse que o problema enfrentado pelo grupo na Noruega por causa do atraso de Biden era uma questão de sorte: “Quanto mais tempo os explosivos estiverem na água, maior o risco de um sinal aleatório que venha a detonar as bombas.”)

Em 26 de setembro de 2022, um avião de vigilância P8 da Marinha norueguesa fez um voo aparentemente de rotina e lançou uma boia de sonar. O sinal se espalhou debaixo d’água, inicialmente para Nord Stream 2 e depois para Nord Stream 1. Algumas horas depois, os explosivos C4 de alta potência foram acionados e três dos quatro gasodutos foram tirados de operação. Em poucos minutos, poças de gás metano que estavam nos dutos fechados puderam ser vistas se espalhando na superfície da água e o mundo soube que algo irreversível havia acontecido.

Desentendimentos

Imediatamente após o bombardeio do gasoduto, a mídia estadunidense tratou o evento como um mistério não resolvido. A Rússia era repetidamente citada como provável culpada, hipótese estimulada por vazamentos calculados da Casa Branca – mas sem nunca estabelecer um motivo claro para tal ato de autossabotagem, além de uma simples represália. Alguns meses depois, quando se soube que as autoridades russas vinham discretamente obtendo estimativas do custo do reparo dos gasodutos, o New York Times descreveu a notícia como algo que “complica as teorias sobre quem está por trás” do ataque. Nenhum grande jornal estadunidense investigou as ameaças anteriores aos gasodutos feitas por Biden e a subsecretária de Estado, Nuland.

Ao mesmo tempo que nunca ficou claro por que a Rússia tentaria destruir seu próprio lucrativo gasoduto, uma justificativa mais reveladora para a ação do presidente veio do secretário de Estado, Blinken.

Questionado em uma coletiva de imprensa em setembro passado sobre as consequências do agravamento da crise energética na Europa Ocidental, Blinken descreveu o momento como potencialmente bom:

“É uma tremenda oportunidade de apagar de uma vez por todas a dependência da energia russa e, assim, tirar de Vladimir Putin a belicização da energia como meio de avançar em seus desígnios imperiais. Isso é muito significativo e oferece uma tremenda oportunidade estratégica para os próximos anos, mas enquanto isso estamos determinados a fazer todo o possível para garantir que os cidadãos de nossos países ou, aliás, ao redor do mundo, não tenham que aguentar as consequências de tudo isso.”

Mais recentemente, Victoria Nuland expressou satisfação com o fim do mais novo dos gasodutos. Em um depoimento em uma audiência do Comitê de Relações Exteriores do Senado no final de janeiro, ela disse ao senador Ted Cruz: “Como você, eu estou, e acho que o governo também está muito satisfeito em saber que o Nord Stream 2 é agora, como você gosta de dizer, uma tralha de metal no fundo do mar.”

A fonte tinha uma visão muito mais inteligente da decisão de Biden de sabotar mais de 2.400 quilômetros de gasoduto da Gazprom com a aproximação do inverno. “Bem”, disse ele, falando do presidente, “tenho que admitir que o cara tem culhão. Ele disse que ia fazer isso e fez”.

Questionado sobre por que achava que os russos não responderam, ele disse cinicamente: “Talvez eles quisessem ter a capacidade de fazer as mesmas coisas que os EUA fazem”.

“Era uma bela reportagem de capa”, continuou ele. “Por trás dela havia uma operação secreta que colocava especialistas em campo e equipamentos que operavam por um sinal secreto.”

“A única falha foi a decisão de fazê-la.”

https://jacobin.com.br/2023/02/como-os-eua-destruiram-nord-stream/#:~:text=Em%2026%20de%20setembro%20de,v%C3%A1rias%20explos%C3%B5es%20no%20Mar%20B%C3%A1ltico.

https://www.institutojoaogoulart.org.br/como-mariupol-ira-se-tornar-um-no-de-importancia-crucial-para-a-integracao-eurasiana

- https://horadopovo.com.br/batalhao-azov-da-ucrania-esconde-insignia-neonazista/

https://turk-sinema.ru/pt/fortune-telling/volfsangel-znachenie-volchii-kryuk-nasledie-i-nasledniki-ispolzovanie.html

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https://horadopovo.com.br/o-que-eua-e-otan-sustentam-na-ucrania-e-um-regime-neonazista-diz-carrion/

https://revistaforum.com.br/global/2022/2/25/somente-eua-ucrnia-votaram-contra-resoluo-da-onu-de-combate-ao-nazismo-110706.html

https://guiadoestudante.abril.com.br/coluna/atualidades-vestibular/as-faces-do-neonazismo-na-atualidade/

https://theparadise.ng/pentagon-ukraine-bio-labs-the-hunter-biden-connection/

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2022/04/02/ao-menos-20-cadaveres-em-rua-de-bucha-perto-de-kiev.htm?cmpid=copiaecola
- https://youtu.be/D6vlw9P4nmw

https://www.radiohc.cu/pt/especiales/comentarios/55128-preocupante-aumento-do-neonazismo-na-europa

- https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43062949

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-os-principais-grupos-neonazistas-ativos-no-mundo/

https://veja.abril.com.br/mundo/o-perigoso-crescimento-da-extrema-direita-na-alemanha/amp/

https://www.brasildefato.com.br/2022/01/31/pesquisa-mapeia-400-grupos-extremistas-de-direita-na-europa

https://outraspalavras.net/sem-categoria/na-europa-oriental-saudades-do-nazismo/

https://voxeurop.eu/pt-pt/a-cruzada-anticigana-da-jobbik/


 https://www.buzzfeed.com/br/gabrielsanchez/fotos-assustadoras-da-historia-dos-nazistas-nos-eu

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https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/05/associacao-entre-bolsonaristas-e-ucrania-incomoda-a-russia.shtml



... CONTINUA... 



 


Santos=Dumont X Wright Brothers

Desde garoto, me encantei com o vôo mecânico e logo ouvi falar do "Pai da Aviação", o brasileiro Santos=Dumont.

Tal foi a trejetória de Santos Dumont na História da Navegação Aérea que foi o único dos pioneiros da Aviação a ter os quatro "brevets” existentes na época: o primeiro de balonista livre; o segundo com seus dirigíveis, os balões Nº6 e Nº 9 (Baladeuse), este último com manobrabilidade prática absoluta, que lhe permitia voar entre prédios, árvores, em alta ou baixa alturas, levando-o a um café ou restaurante, a uma praça, jardim ou a sua própria casa ou de um amigo no centro ou arredores de Paris, amarrando seus balões como se fossem cavalos de charrete; o terceiro como inventor do artefato mais pesado que o ar, o 1º avião controlado a alçar voo por seus próprios meios, o biplano 14BIS, que foi o 1º avião a ser homologado em todo o mundo, publicamente e por uma Entidade Científica Oficial reconhecida em todo o mundo, o Aéro-Club de France = FAI = Fédération Aéronautique Internationale e o quarto com o seu 1º monoplano, o ultraleve mais conhecido e fabricado no mundo até os anos 20, o Nº19, Demoiselle

Como sou crítico da "História Oficial", que é sempre escrita e manipulada pelos dominadores geopolíticos, tive a idéia de escrever um livro sobre os fatos que levaram e ainda levam a crer, na maioria dos países, que foram os Wright os inventores da 1ª máquina voadora controlada. Comecei a pesquisar não só as fontes primárias, como jornais da época, publicações voltadas a navegação aérea, etc, mas, sobretudo as ações subliminares e as que se fazem furtivamente, de maneira desleal e ilícita e que são realizadas para o embuste histórico com o fim da eleição de suposta inquestionabilidade sobre a superioridade tecnológica e mesmo moral desse Império. Tal prática tem sucesso pela omissão, restrição, dirtorção, factoidismo e a simples e descarada mentira. Neste livro eu iria comentar sites, enciclopédias, museus e livros onde esses métodos do engano escondem fatos perfeitamente comprováveis mediante uma simples conferência em registros disponíveis... só bastando a vontade do Conhecimento, para que se chegue ao Saber.

Dentre as farsas históricas, a suposta primazia do 1º vôo de um “artefato mais pesado que o ar”, atribuida aos irmãos Wright, era a que mais me incomodava porque haviam corroborações não por ignorantes, inocentes úteis ou pessoas de conhecimento superficial, mas pela subserviência capitulacionista assumida por articulistas em "publicações especializadas" e escritores brasileiros que nunca, sequer, se detiveram ou se aprofundaram nos pontos mais polêmicos de uma querela tão antiga...e/ou que, no mínimo, os levaria a dúvida.

Consequência disto foi a ampla saudação descuidada, no Brasil, do livro "Asas da Loucura", do historiador ianque, Paul Hoffman, que usa a técnica da destruição de imagem pelo falso elogio, pela deturpação dos fatos, pela suspeição moral, pelas invencionices factoidistas que, ao fim, inflige ao leitor um Santos=Dumont que não existiu.

Porém, desisti deste projeto quando li o brilhante livro de Adriano Batista Dias: "Santos=Dumont: O Inovador", Vieira & Lent casa editorial, Rio de Janeiro, 2006.

Adriano Batista Dias diz, entre tanto mais, tudo o que eu gostaria de ter escrito sobre a polêmica da primazia do 1º vôo do "mais pesado que o ar".

O Pai da Aviação, the "Father of Aviation", foi jogado muito além do segundo plano na História da Conquista do Vôo Mecãnico, foi jogado fora das enciclopédias, dos sites oficiosos e museus do mundo todo, por intermédio de práticas vis... e isso precisa ser conhecido por todos e ensinado aos jovens...sobre como uma simples Informação nada é sem o conteúdo do Conhecimento dos fatos, de como, de fato se sucedem ou se sucederam...

Recomendo, também, o excelente livro do físico e escritor Henrique Lins de Barros: "Santos=Dumont e a Invenção do Vôo", Zahar editora, Rio de Janeiro, 2003.E que está disponível na Internet, no site:

=http://books.google.com.br/books?id=MLOoCE9IFC4C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false

Porém, comecei a escrever um livro de ficção em cima de fatos ocorridos na vida de Santos=Dumont.

Miguel Junior.

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Desprezo Histórico

Desprezo Histórico

1° Míssil de 4ª Geração Atire e Esqueça-Fire and Forget All Aspect

Vympel R-73 Archer1° Míssil Ar-Ar de 4ª Geração.

Quando o departamento de defesa dos EUA (United States Department of Defense-DoD) obteve exemplares do míssil russo R-73 (denominado AA-11 Archer na OTAN, após o colapso da União Soviética e a consequente reunificação da Alemanha) para estudos, concluíram que era muito mais manobrável do que se pensava. O R-73 superava o AIM-9M (norte-americano) em aquisição, velocidade, resistência a contramedidas e capacidade de giro.

Em simulações, o AIM-9M só vencia 1/50 dos engajamentos contra o R-73. Combates simulados entre o F-15 Eagle e o MiG-29 Fulcrum equipado com mira no capacete (HMS) mostrou que o MiG podia adquirir alvos num volume de céu 30 vezes maior que o F-15.

Os dados consideravam os MiG-29 usando as táticas ocidentais pois as táticas russas não faziam bom uso do somatório MiG-29/HMD/R-73 devido a interceptação controlada por radar em terra que dava pouca chance de combate aproximado onde a combinação era excelente.

Em 1994, os MiG-29 alemães mostraram ser melhores em manobra que o F-16 em 60% do envelope, e adquiriram oponentes com HMS e R-73 a distância muito maiores. Em outros engajamentos o conjunto MiG-29/R-73 venceu o F-16 numa vantagem de 2:1 e o F/A-18 numa vantagem de 1,5:1. Os caças ocidentais estavam armados com o AIM-9L.

O R-73 acabou servindo de base para uma nova geração de mísseis ar-ar de curto alcance ocidentais como o AIM-9X, ASRAAM, IRIS-T, MICA, Python 4 e A-Darter.

HISTÓRICO:
A URSS iniciou trabalhos com mísseis de curto alcance de combate aéreo no início da década de 70, com o objetivo de fazer a menor arma possível equipada com sensor IR all-aspect (que permita engajamento frontal).

O R-73 foi desenvolvido a partir de 1973 pelo escritório de projeto Molniya (Izdieliye-62). Nos estudos iniciais, a Molniya estudava um míssil parecido com o R-60, muito menor e mais leves que os mísseis da época. O míssil não teria cauda como o SRAAM britânico e pesaria apenas 45kg. O sensor IR teria um campo de visão limitado como o R-60M.

O míssil da rival Vympel K-14 tinha um novo sensor IR Mayak da Arsenal com um grande campo de visão e desempenho superior. O K-14 era uma continuação do K-13 (AA-2 Atoll) bem parecido com o AIM-9L. O K-14 também era mais simples e fácil de fabricar e operar. A Molniya reprojetou o R-73 em torno deste sensor, que era muito maior e que levou ao aumento de tamanho do projeto. Controles con vencionais foram instadados em 1976 devido a pouca manobrabilida de na fase terminal e curto alcance. O R-73 foi selecionado para produção em 1977, embora mais pesado, devido ao desempenho super ior e pouca capacidade de desenvolvimento do K-14.

O R-73 foi o último projeto da Molniya, que em 1976 passou a se concentrar no projeto do ônibus espacial Buran e mísseis nucleares. O pessoal foi completamente transferido para a Vympel em 1981 e a produção do R-73 passou a ser feita em Kommunar (agora Duks) em Moscou, e TASA (Tbilisi Aviation State Association) na Georgia. A Vympel se tornou a única produtora de mísseis na URSS.

O R-73 é um míssil ar-ar para combate aéreo aproximado, dispare-e-esqueça, qualquer tempo, de reação rápida, para conquistar superioridade em combates aéreos aproximados. Foi projetado para superar qualquer ameaça. A ênfase foi dada para engajamentos próximos contra caças ágeis, manobrando agressivamente. O míssil teria grande agilidade no lançamento para disparos bem fora da linha de visada e também na fase final.

A experiência de combate aéreo entre caças mostrou que os grande erro angular dos lançamentos de mísseis ar-ar, passagens frontais e de alvos cruzados e alta razão angular da linha de visada do lançamento, exigia como resposta mísseis altamente manobráveis para virar em direção ao alvo após lançamento de ângulos de ataque de mais de 40 graus.

Os mísseis ar-ar usados na década de 60/70 foram projetados contra a ameaça de bombardeiros que eram alvos pouco manobraveis, de grande contraste e voavam alto num ambiente frio. Os mísseis ar-ar não tiveram oportunidade de serem usados neste cenário e o uso real foi contra alvos que não foram planejados: caças ágeis voando baixo e realizando manobras agressivas. O resultado foi um baixo proveitamento.

O R-73 foi o primeiro míssil russo que combina sistema de vetoramento de empuxo (TVC) e superfícies aerodinâmicas para controle. A influência veio de vários projetos ocidentais como o SRAMM britânico com TVC e o Magic com canard duplo. O resultado foi uma grande manobrabilidade, permitindo disparos contra alvos em qualquer direção, e mantendo vôo estabilizado em grandes ângulos de ataque.

Entre das capacidades do R-73 Vympel temos:
- Pode ser disparado sem considerar atitude, velocidade, altitude e carga-g do alvo da aeronave lançadora
- Pode ser disparado contra alvos cruzados e frontais
- Aquisição e trancamento fácil e rápida em todos os ângulos de designação, incluindo aquisição de alvos de oportunidade passando a curta distância e grandes ângulos de aspecto
- Grande agilidade e capacidade de aquisição de alvos numa razão de seguimento de 60 graus/segundo e erro de lançamento de mais de 60 graus
- Capacidade dispare-e-esqueça, liberando a plataforma lançadora para manobrar livremente após o disparo
- Capacidade "all-aspect" e contra alvos altamente manobráveis e em qualquer altitude (20 a 20.000m)

Junto com a manobrabilidade excepcional, o míssil pode ser conectado a mira no capacete do piloto (inventiva russa e 1° país a utilizá-la com plenitude técnica*), para permitir engajamentos de alvos nas laterais e acima da aeronave, que não podem ser engajados apontando a aeronave ou radar.

O R-73 é considerado o melhor míssil russo de curto alcance. Foi projetado para engajar caças, bombardeiros, helicópteros, drones e mísseis cruise, mesmo que estejam executando manobras agressivas de mais de 12g's (o limite humano é de 9g's por curtos períodos). As versões mais recentes são equipadas com um motor foguete transverso que funciona na fase final do engajamento e permite grande precisão.

A fuselagem tem compartimentos modulares com sensor, controles das superfícies aerodinâmicas, piloto automático, espoleta de proximidade, ogiva, motor foguete, TVC e controle do aileron.

O R-73 tem uma configuração canard com superfície de controle a frente do centro de gravidade. A superfície de sustentação tem com baixa razão de aspecto. A frente dos canards ficam grandes strakes retangulares e a frente dos strakes os sensores de ângulo de ataque. O míssil manobra no método "skid-to-turn" e pode atingir angulos de ataque de 40 graus.

Durante o vôo, a guinada e cabeceio (tão comuns nos mísseis russos*) são controlados por quatro controles aerodinâmicos conectadas em pares e pelas barbatanas na traseira do motor. Após a queima do motor o controle é feito apenas com as superfícies de controle. A estabilização de rolagem é mantido com quatro ailerons na cauda.

Os controladores são operado a gás a partir de um propelente sólido ou acumuladores de pressão dependendo do modelo.

Outro detalhe do TVC e dos ailerons da cauda. O míssil tem estrutura de alumínio e a armação do motor é de aço.

O motor RDTT-295 de estagio único tem dois pares de defletores nos exaustores.

O sensor infravermelho (IR) Mayak-80 (MK-80) usa detectores de antimoniato de Índio refrigerado por Nitrogênio. O MK-80 só aceita modo de lançamento LOBL (trancamento antes do lançamento). A guiagem até o ponto de interceptação é feito por métodos de navegação proporcional.

O trancamento pode ser feito a pelo menos 45 graus de ângulo de visada (off-boresight) e segue alvos até 60 graus/segundo. Durante o vôo o sensor atinge angulos de 75 graus para companhamento do alvo. Para comparação o AIM-9M tem um ângulo de visada de de 27,5 graus. A "zona morta" com o sol é de 15 graus enquanto AIM-9L é de 5 graus...

Os dados de alvos podem ser suprido para o sensor IR a partir de várias fontes como radar, IRST, HUD, HMS Shchel, datalink e outros...

Para aumentar a capacidade de destruição (Pk), os últimos modelos tem o ponto de acerto mudando do exaustor para fuselagem em alvos cruzados.

PROPULSÃO:
O R-73 usa um motor de queima única de alto impulso com um novo combustível. A revista cientifica New World Vista da USAF publicou em 1996 um artigo dizendo que os EUA estavam atrás dos russos em química e físicas de propelentes e explosivos:
Os propelentes norte-americanos perderam potência com o uso de propelentes de baixa emissão de fumaça. Os novos propelentes não usam combustível com alumínio, pois ele oxida e cria uma fumaça visível, mas também perderam energia. Por outro lado, eles são similares aos propelentes tradicionais, como os oxidantes de Perclorado de amônio.

Os russos investiram pesado em proprelente. Uma conquista foi o Dinitrato de amônia (ADN) como oxidante para substituir os propelentes de Alumínio. O projeto para desenvolver o ADN em meados da década de 70 teve grandes proporções e era equivalente ao Projeto Manhatan americano. O resultado foi uma grande fábrica de ADN que é usado nos mísseis balísticos SS-24, SS-20 e SS-27 Topol-M.

O AND melhora o impulso em 7% com propelente sem fumaça e 10% com propelente com alumínio podendo chegar a 20-25% de aumento de potência em alguns casos. Um míssil usando o AND irá acelerar mais rápido e terá menor tempo de vôo. O ADN também pode ser usado em explosivos, resultando na mesma efetividade com menor peso (o R-73 tem uma ogiva de apenas 7,4kg), e aumentar velocidade e alcance ao reduzir o peso do míssil.

Os EUA tem capacidade semelhante com o explosivo CL-20 que tem três vezes mais energia que o HMX e RDX e é mais denso. O ADN e CL-20 podem ser considerados explosivos de quarta geração.

O motor foguete do Vympel Archer permite atingir distâncias de até 40km. A velocidade final é a mesma do AIM-9M, cerca de Mach 2.5. Apesar de usar um motor mais potente, a aerodinâmica é pior com mais superfícies de controle e fuselagem mais larga.

O alcance é referente a distância de travessia e não de engajamento. Após disparo o míssil continua perseguir o alvo numa distância que pode equivaler a estes valores, caso não perca o trancamento com alvo.

O alcance de 30-40km significa que precisa de campo de tiro grande pois, pois ao contrário de outros mísseis ar-ar russos como o RS-2US Alkali, R-3 e R-60, o R-73 não tem um sistema de autodestruição (com timer) para ativar o mecanismo de auto-destruição caso perca o alvo. Isso cria problemas caso o país que utiliza o míssil não tiver um estande de tiro bem grande pois é mais barato disparar míssil velho que desmontar e destruir motor e ogiva com outra carga explosiva, separadamente.

O cordão umbilical esta claramente visível atrás dos canard. O cordão umbilical é a única parte que fica presa na aeronave após o disparo. Um mecanismo tipo guilhotina corta a ligação do míssil com a aeronave durante o disparo. A parte que sobra é usada como lembrança pelos pilotos.

VERSÕES :
A família R-73 é uma sopa de letrinhas nem um pouco confiável. O R-73 foi produzido em várias versões incluindo para exportação. A Vympel continua estudando melhorias no sensor, ogiva e motor. Os primeiros modelos tinham pouco poder de processamento no sensor e capacidade de contramedidas limitada.

A versão inicial R-73A tem 2,9m de comprimento, 170mm de diâmetro e 51 centímetros de envergadura. O míssil pesa 105kg e a ogiva 7,4kg (2,45kg de alto explosivo). O alcance era de 20km e o angulo de visada de 40 graus.

Duas versões básicas entraram em serviço: o R-73K (K = espoleta de radar ativo Krechet) e o R-73L com sensor laser Yantar. O R-73K foi vendido como R-73E (versão piorada) e era disponível para o ocidente após a queda do muro de Berlim. O R-73L é oferecido para exportação como R-73LE. O único operador do R-73LE é o Peru que recebeu em 1998 junto com os MiG-29SE. O alcance é de 30km ou 14km se disparado por trás do alvo.

A versão mais recente é o R-74M que foi testado a partir de 1994. O míssil é externamente idêntico ao R-73, mas com processador de sinais digitais reprogramavel e novo sensor multiseguimento mais sensível com 60 graus de off-boresight, melhor capacidade de contramedidas e para adquirir alvos voando baixo. (!!!)

As contra-contramedidas combinam quatro técnicas diferentes e o algoritmo permite que o míssil mude o trancamento do motor para meio da fuselagem no fim do engajamento. Um novo algoritmo irá aumentar a resistência a contramedidas e permitir seleção precisa do ponto de impacto, que pode ser o escape dos motores ou o centro da fuselagem. Um projeto de TVC de arrasto reduzido sairia caro e foi abandonado.

O alcance máximo balístico é de 40km. O sensor também faz parte de pacote de modernizações do R-73. A versão de exportação se chama R-74ME.

O sucessor do Archer deveria ser o K-30 cujo projeto foi iniciado em 1986 para equipar os caças MFI. A produção estava planejada para iniciar em 1997 e agora deve ser após 2005. O míssil deve ter controle traseiro e sem superfícies de controle dianteiras. Serão duas variantes, uma IR e outra de radar passivo.

Detalhes da espoleta a laser Yantar dos modelos mais recentes. A espoleta de proximidade pode ser radar ativo ou laser dependendo do modelo.

O escritório de projeto Arsenal da Ucrânia esta produzindo uma versão mais nova do MK-80 (a direita). O Mk-80 tem um detetor IR resfriado de onda média altamente sensível, com óticos esféricos, alta resistência acontramedidas e clutter/retorno solo, e seleção de ponto de impacto no alvo. O alcance mínimo é de 300m e o máximo de 10km (ou 15km em condições ideais), com ângulo de visada de +/-75º e razão de rastreio de 60º/s. O MK-80 mede 17cm de diâmetro por 30cm de comprimento e pesa 6kg.

R-73M - Archer disparado para trás (utilizado nos Sukhoi's-32/35/37)...

A Vympel também desenvolveu um R-73 modificado para ser disparado para trás. O novo míssil é chamado R-73M. Ele é 30cm mais longo e pesa 10kg a mais que os R-73 normais.

O míssil é levado num cabide apontado para trás e com um impulsor adicional. Uma cobertura aerodinâmica cobre o impulsor e é descartado quando o impulsor é disparado. O impulsor lança o míssil para fora do cabide e diminui a maior parte da velocidade negativa do míssil. O motor principal é então ligado, ejetando o impulsor, e adiciona potência para diminuir a velocidade negativa quando o míssil está 30m atrás da aeronave lançadora.

A cabeça de busca, trancada antes do lançamento, continua a rastrear o alvo, enquanto o corpo do míssil pode girar +/-180º para virar até o alvo com a ajuda do TVC. (!!!)

O míssil foi testado nos modelos atuais do Flanker (Sukhoi)como o Su-35 e Su-32FN que usam um radar no ferrão da cauda. O radar dá alerta de aproximação dos alvos no setor traseiro e passa dos dados para a cabeça de busca do míssil.

O piloto não pode confirmar visualmente se o míssil está trancado no alvo selecionado. Contudo, comparado com um míssil que voa para frente e depois vira para o hemisfério traseiro, a proposta da Vympel permite o trancamento antes do lançamento e reduz o tempo de engajamento.

Também parece que o míssil disparado para trás é mais para auto-defesa de aeronaves de ataque do que um míssil de combate aéreo - sendo a aplicação mais provável o caça-bombardeiro tático Sukhoi-32FN(Su-34FN) ou outros bombardeiros, aeronaves de transporte e de patrulha marítima.

O R-73M pode adquirir alvos até 60º em relação a cauda e pode ser lançado a velocidades subsônicas e supersônicas.

O uso de mísseis disparados para trás pode revolucionar o combate aéreo, pois o atacante na posição "seis horas" do inimigo estará se tornando a vítima, com pouco tempo de resposta a um disparo defensivo para trás...

De acordo com a Vympel, o R-73M tem um alcance aproximado de 20-40km e alcance mínimo de 1km. O sistema é efetivo contra alvos entre 50m e 13.000m de altura.

Dados técnicos:
Engine: solid-fuel rocket
Wingspan: 510 millimetres (20 in)
Operational specifications:
R-73E: 20 kilometres (12 mi)R-73M1: 30 kilometres (19 mi)
R-73M2: 40km (24.7 miles)
Speed: Mach 2.5
Guidance system : All-aspect infrared homing

O R-73M foi testado em 1989 no Su-27UB em velocidades supersônicas e subsônicas. Pode ser apontado por radar e IRST. Deverá equipar os Su-34 e o Beriev A-40.

USUÁRIOS:
O R-73 entrou em serviço em 1983 como arma padrão para o MiG-29 Fulcrum e Sukhoi-27 Flanker. Já foi integrado ou faz parte de pacotes de modernização do MiG-21-93 Fishbed, MiG-23MLD Flogger, Sukhoi-24M Fencer, MiG-31 Foxbat, Yakovlev-141 Freestyle, Sukhoi-25T(Su-39)Frogfoot e variantes do Flanker (Su-33, Su-35 e Su-34). O R-73 também faz parte do arsenal dos helicópteros de ataque Mi-24 HInd, Mi-28 Havok e Kamov-50/52 Hokum.
Aeronaves ocidentais também já usam o R-73 como os Mirage F-1 da África do Sul (armazenados para exportação) e os SA-330 Puma romenos.

O R-73 pode ser empregado em aeronaves que não tenham sistema de pontaria sofisticados. Pode ser usado por aeronaves antigas que podem se tornar tão efetiva como o F-15 Eagle e F-16 Falcon em um combate aproximado
.

O R-73 Vympel Archer é usado por cerca de 20 países incuindo Alemanha, Bulgária, China, Cuba, República Checa, Hungria, Índia, Irã, Iraque, Coréia do Norte, Malásia, Polônia, România, Slováquia, Síria e antiga Iugoslávia. A Alemanha recebeu 44 M1 com 28 MiG-29. Em 1996 os EUA "compraram" alguns MiG-29 da Moldávia. Com a "compra" vieram cerca de 500 mísseis ar-ar incluindo cerca de 100 R-73 Vympel Archer...

O R-73EL de exportação usa um lançador pardrão P-72 do Archer que pode ser instalado em qualquer caça com pequenas modificações. A vida útil do míssil é de 8 anos armazenado, sem cuidados de manutenção ou temperatura, ou 40h de vôo.

Fonte: http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/ ...ou ainda: http://www.sistemasdearmas.hpg.ig.com.br/notmar02.htm sobre a intenção dos EUA comprarem Vympels para equipar seus caças.

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FORAM OS RUSSOS OS PRIMEIROS A EFETIVAR A OPERACIONALIDADE DO CONCEITO MIRA NO CAPACETE + AUTO-GUIAMENTO DE MÍSSIL DE GERAÇÃO:
Helmet Mounted Sights and Displays

Air Power International, August 1998- by Carlo Kopp
Air Power Australia analyst consultant

http://www.ausairpower.net/hmd-technology.html

Part 1
The Helmet Mounted Sight (HMS) or Display (HMD) is a relatively recent addition to the fighter cockpit. The first devices in this category emerged during the late seventies, as an aid to targeting second generation heatseeking missiles. Given the limitations of both sight and missile technology of that period, the HMS slipped into obscurity for several years, only to be resurrected with the advent of fourth generation heatseeking missiles (WVR AAMs). At this time the HMS and newer, more capable HMDs are seeing a resurgence in the marketplace and can now be expected to become a standard feature in the cockpit of any new build fighter aircraft.

The fundamental idea behind all HMD/HMS designs is that of using the pilot's Eyeball Mk.1 as a cueing device to direct a missile seeker at a target, to facilitate a rapid lock and missile shot. This was not a very strong requirement with second and third generation heatseeking missiles, since the capable Air Intercept (AI) radars which proliferated with the teen series (and teenski series) fighters typically had several dogfighting modes which were designed to rapidly acquire and track a target. The missile seekers were "slaved" to the antenna boresight, and thus once the radar locked on to the target the missile seekers would also lock very shortly thereafter. Each missile would be fed with an elevation and azimuth signal produced by the radar, and these signals would be used to steer the missile seeker direction relative to the airframe.

When the first fourth generation missiles appeared, the Soviet Vympel R-73 (AA-11 Archer) and shortly thereafter the Israeli Rafael Python 4, it was clearly apparent that with very large off boresight angles, typically in excess of 60 degrees of arc, the AI intercept radar would no longer be adequate. The reason was simple, in that most antennas could not be easily slewed to angles beyond about 60 degrees. Space under radomes was limited, radome designs not optimised for beam quality at large off-boresight angles, gimbal design limits and servomotor slew rates all contributed to this situation. Last but not least, the cost of retrofitting large numbers of radars would not be trivial. And with the latest fourth generation missiles, like the AIM-132 ASRAAM, the missile itself could be fired over the shoulder at targets in the aft hemisphere. Therefore the HMS idea was resurrected.

At this time many manufacturers are producing or developing such devices. Notable examples are the ELBIT DASH series, the derived VSI/Kaiser JHMCS, and designs by Pilkington Optronics for the Eurofighter, and Sextant Avionique for the Rafale. Existing users of Flanker and Fulcrum employ a Russian HMS design...".
* see:

“...Dogfight
Short-range air-to-air missiles used in “dogfighting”
are usually classified into five “generations” according to the historical technological advances. Most of these advances were in infrared seeker technology (later combined with digital signal processing).
First generation
Early short-range missiles such as the early Sidewinders and Vympel K-13 (AA-2 Atoll) had infrared seekers with a narrow (30 degree) field of view and required
the attacker to position himself behind the target (rear aspect engagement). This meant that the target aircraft only had to perform a slight turn to move outside the missile seeker's field of view and cause the missile to lose track of the target ("break lock").
Second generation
Second generation missiles utilized more effective seekers that improved the field of view to 45 degrees.
Third generation
This generation introduced “all aspect” missiles,because more sensitive seekers allowed the attacker to fire at a target which was side-on to itself, i.e. from all aspects not just the rear. This meant that while the field-of-view was still restricted to a fairly narrow cone, the attack at least did not have to be behind the target.
Fourth generation
The Vympel R-73 (AA-11 Archer) entered service in 1985 logies such as focal plane arrays that improved resistance to infrared countermeasures(IRCM) such as flares and increased off-bore sight capability to in excess of 60 degrees, i.e. a 120 degree field of view.
To take advantage of the increased field-of-view that
now exceeded the capabilities of most aircraft radars also meant that helmet mounted sights gained popularity. Many newer missiles include what is known as “look-down-shoot-down”
capability, as they could be fired onto low flying planes that would formerly be lost in ground clutter.
These missiles are also much more agile, some by
employing thrust vectoring (typically gimballed thrust).
Fifth generation
The latest generation of short-range missiles again
defined by advances in seeker technologies, this time electro-optical imaging infrared (IIR) seekers that allow the missiles to “see” images rather than single
“points” of infrared radiation (heat). The sensors combined with more powerful digital signal processing provide the following benefits:
§ greater infrared counter
countermeasures (IRCCM) ability, by being able to distinguish aircraft from infrared countermeasures (IRCM) such as flares.
§ greater sensitivity
means greater range and ability to identify smaller low flying targets such as UAVs.
§ more detailed target image allows targeting of more vulnerable parts of aircraft instead of just
homing in on the brightest infrared source (exhaust)... “

http://en.wikipedia.org/wiki/Air-to-air_missile

Breve Histórico





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Mikoyan-Gurevitch's MiG-15 "Fagot" e MiG-17 "Fresco"

Durante a segunda guerra mundial, o escritório de projetos Mikoyan-Gurevitch teve papel secundário, pois apesar de encabeçar diversas pesquisas avançadas no campo da aviação, como cabines pressurizadas, turbo-compressores e refinamentos aerodinâmicos, as necessidade da força aérea soviética eram de aviões táticos e com desempenho voltado para baixa altitude. Com o fim da segunda guerra mundial, entretanto, o palco mudou completamente, a ameaça agora vinha dos bombardeiros nucleares americanos voando na estratosfera, e de repente a necessidade era de velozes caças equipados para desempenho em altitude, exatamente o campo de estudos de Mikoyan e Gurevith. Com invasão da Alemanha, a URSS apoderou-se de diversos documentos referentes à pesquisa alemã de asas enflechadas e aerodinâmica de alta velocidade, bem como motores a jato, e iniciou-se planos urgentes para a construção de um caça a jato. Em 1946 já estava pronto o MIG-9, baseado no projeto alemão FW-Ta183 de Kurt Tank, com motores também baseados nas turbinas alemães Jumo 004 e BMW 003. Entretanto, essas turbinas alemãs mostravam baixa potência e foram feitos grandes esforços no sentido de melhorá-las, assim como produzir uma turbina comparável à britânica Rolls Royce Nene, de desempenho bem superior, mas a qual os soviéticos não tinham nenhum dado concreto. Foi então que, fruto de um acordo, os britânicos remeteram para Moscou várias destas turbinas, as quais foram completamente dissecadas pêlos soviéticos e deram grande impulso aos novos projetos. Finalmente, em 1947 estava pronto o protótipo do MIG-15, que ainda lembrava o projeto do Ta-183, mas na verdade trazia diversas inovações. O novo caça revelou-se muito veloz e manobrável, apesar de alguns vícios se usado perto de seus limites. O mais sério era a instabilidade (CONE DE MECO) quando perto de sua velocidade máxima, e como não foi encontrada nenhuma solução, foram instalados freios aerodinâmicos automáticos para impedir o avião de ultrapassar Mach 0,92, mas de qualquer forma, tal limite era muito maior que a de qualquer caça da época. Mesmo com alguns defeitos, o novo caça tinha um desempenho espetacular, superior a qualquer projeto europeu, e foi colocado em produção já em 1948. Para se ter uma idéia, quando o MIG-15 já estava operando nas esquadrilhas da força aérea soviética, não havia sequer um protótipo completo de caça europeu com asas enflechadas. O armamento era composto de 2 canhões de 23mm, capazes de 2000 disparos por minuto e destinado a abater alvos velozes e/ou pequenos, como caças inimigos em combates aéreos, além de um poderoso canhão de 37mm de disparo lento mas capaz de grande poder de destruição contra alvos grandes e/ou lentos, como bombardeiros, tanques e instalações de terra. O batismo de fogo foi na Coréia, onde o MIG-15 provou ser muito superior a todos os caças que enfrentou, exceto o F-86 Sabre, cujo desempenho era muito semelhante. O caça americano provou ser capaz de mergulhar mais rápido, inclusive superando Mach 1, enquanto o MIG-15 estava limitado pêlos seus freios de ação automática, por outro lado o caça soviético tinha desempenho melhor em altitude, melhor taxa de ascensão, era um pouco mais manobrável e seu armamento de canhões era bem superior ao do Sabre, constituído de metralhadores. O que determinou a superioridade do Sabre foi o fato de que os chineses que pilotavam os Mig´s eram muito inexperientes e adotavam táticas inadequadas, ao passo que os pilotos americanos eram em sua maioria uma elite de veteranos da segunda guerra, muito experientes e tecnicamente muito superiores. De qualquer forma, seu desempenho era tão espetacular que os americanos chegaram a oferecer 100.000 dólares para o piloto soviético que desertasse com um deles. Comparando o MIG-15 diretamente com o F-86 Sabre, o caça soviético era muito mais simples e barato, oferecendo um custo benefício sem igual. Ainda durante a Guerra da Coréia produziram-se novas versões aperfeiçoadas, como o MIG-15bis, com motores e aviônicos melhores. A produção logo foi substituída na URSS, em 1953, pelo mais avançado MIG-17, mas o MIG-15 continuou a ser fabricado em diversos outros países até final dos anos 50, e usado até final dos anos 60. A versão de treinamento biplace foi ainda mais longeva, sendo usada até a década de 80 por diversos países. Caracteristicas técnicas: Propulsor: 1 Turbina Klimov VK-1 com 2700 kg de empuxo.Velocidade máx: 1060 Km/h. Teto máximo: 46000 pés. Alcance: 1424 km. Comprimento: 10, 04 m. Envergadura: 10,08 m. Peso: limpo: 4000 kg. Peso Máximo: 5400 kg. Armamento: 1 canhão de 37mm e 2 canhões de 23mm. Provisão para pequena carga de bombas e foguetes. Texto de Visk - Najack/Thor. "...e apesar de ter maior poder de fogo, velocidade de subida, manobrabilidade e altitude operacional, além do que em mergulho transônico, o Sabre tinha uma tendência a "levantar o nariz" e se o mergulho se prolongasse abaixo de 7.600m o F-86A também tendia a rolar (tendência lateral). Para sanar as limitações de performance foi desenvolvido rapidamente o F-86E, com superfícies de cauda servo-assistidas e asas dotadas de slats-porém estes costumavam "abrir" de modo intermitente durante o vôo, muitas vezes causando problemas de mira e tiro (motivo óbvio de muitas queixas dos pilotos da USAF na Coréia) e acabaram sendo retirados na versão F-86F, de 1952. O potencial de fogo, no entanto, nunca foi retificado. Assim enquanto os pilotos dispunham do "golpe pesado" de um canhão de 37mm e dois de 23mm (armas não só capazes de nocautear um bombardeiro B-29 numa única rajada, , mas também de colocar fora de ação blindados, em missões de ataque, seus adversários nos sabres tinham apenas seis metralhadoras de 16,7mm...Por fim , ao se analisar a realidade dos combates na Coréia até fevereiro de 1952, período em que as unidades de MiG-15 e as norte-americanas de Sabre eram do mesmo padrão (unidades de caça de linha de frente), nota-se na relação de de vitórias/perdas uma clara indicação da superioridade do caça russo em relação a seus oponentes ocidentais - nos combates no período citado, os soviéticos perderam 63 MiG's, mas tiveram 192 vitórias, incluindo 67 Sabre, 37 F-84 Thunderjet, 39 F-80C Shooting Star e 9 Glostger Meteor F-8". - Revista ASAS Revista de Cultura e História da Aviação Ano VII Nº42-abril/maio de 2008". Sabe-se hoje que muitas das alegações e registros de perdas de F-86 Sabre's como "falha de motor", "falta de combustível', "acidente de pouso", etc, não o foram de fato... Na verdade estes registros oficiais norte-americanos seguem uma tradição em suas forças armadas, acirrada com o ranço ideológico da Guerra Fria, não admitindo que, na verdade, foram perdas em "dogfighters" com os MiG-15. - Miguel Junior.

Mikoyan Gourevich MiG-29

Ainda as querelas sobre o MiG-29 'Fulcrum"

- http://www.aereo.jor.br/2009/06/30/o-mig-29-na-alemanha/

SÁBADO, 28 ABRIL, 2018

A República Democrática Alemã, comprou 24 MiG-29 (20 MiG-29As, quatro MiG-29UBs), que entraram em serviço em 1988-1989. Após a queda do Muro de Berlim, em Novembro de 1989 e a reunificação da Alemanha, em Outubro de 1990, os MiG-29S e outros aviões da Luftstreitkräfte der NVA foram integrados na Luftwaffe. Após atualizações pela DaimlerChrysler Aerospace (agora EADS) para a compatibilidade com a OTAN , foram designados MiG-29G e MiG-29GT. Em março de 1991, um dos MiG-29 alemães foi transferido à USAF para avaliação, juntamente com diversos Su-22 e MiG-23.

A Federação de Cientistas Americanos alegou que o MiG-29 é igual ou melhor do que o F-15C em algumas áreas, tais como combates a curto distância, por causa do Helmet Mounted Sight-HMS- (invenção russa) além de melhor manobrabilidade em velocidades lentas.

Isto foi demonstrado quando os MiG-29 da Luftwaffe participaram de exercícios conjuntos DACT com caças americanos. O HMS foi de grande ajuda, permitindo que os alemães conseguissem obter o travamento de alvos fora da linha de visada, quase a 45 graus do nariz.

Em contraste, as aeronaves americanas só foram capazes de travar em alvos numa estreita janela diretamente na frente do nariz. Somente em finais de 2003 que a USAF e a Marinha dos EUA alcançaram capacidade operacional inicial do sistema Joint Helmet Mounted cueing.

Desde 1993, os MiG alemães estavam concentrados no 1./JG73 “Steinhoff”, em Laage, perto de Rostock. Durante o serviço na Luftwaffe um MiG-29 (“29+09”), foi destruído num acidente ocorrido em 25 de Junho de 1996, devido ao erro do piloto.

Em 2003, os pilotos da Luftwaffe tinham voado mais de 30.000 horas no MiG-29. Em setembro de 2003, 22 das 23 máquinas restantes foram vendidas à Força Aérea Polaca, pelo preço simbólico de 1 € por unidade. O último dos aviões foi transferido em Agosto de 2004. O vigésimo terceiro MiG-29 (“29+03”) foi colocado em exibição em Laage.

Os primeiros 12 MiG-29 (nove MiG-29As, três MiG-29UB) foram entregues à Polônia em 1989-1990. As aeronaves foram baseadas em Mińsk Mazowiecki e usados pela 1oº Regimento de Aviação de Caça, em 2001 reorganizado como 1º Eskadra Lotnictwa Taktycznego, ou 1º Esquadrão Tático.

Em 1995 10 exemplares usados foram adquiridos da República Checa (nove MiG-29As, um MiG-29UB). Após a aposentadoria de seus MiG-21 e 23, em 2003, a Polônia ficou por um tempo com apenas 22 desses MiG-29 no papel de interceptador.

Em 2004, a Polônia recebeu 22 MiG-29 ex-Luftwaffe. 14 desses foram revisados e entraram em serviço, dotando o 41º TS e substituindo seus MiG-21. Atualmente a Polônia tem 32 MiG-29 ativos (26 MiG-29A, seis MiG-29UB) que servirão, pelo menos, até 2012-5.

Estão atualmente estacionados no 1º Esquadrão Tático (1º ELT) na 23a. Base Aérea, perto de Mińsk Mazowiecki, e do 41º Esquadrão Tático (41º ELT), na 22a. Base Aérea, perto de Malbork.

A partir de 2008, a Polônia tornou-se o maior operador do MiG-29 da OTAN. A possibilidade de modernizar os aviões, para que eles voem até até 2020-5 está sendo contemplada, dependendo da cooperação com a Mikoyan.

Desde 2007, os MiG-29 são apoiados pelos F-16 Bloco 52+ do 3º TS (substituindo os MiG-21) e 6º TS (substituindo Su-22), e 10º TS (substituindo MiG-21a).

Houve relatos não confirmados de que a Polônia alugou um MiG-29 do seu inventário para Israel, que depois de devidamente avaliado, foi devolvido à Polônia, como sugerido por meio de fotografias de um MiG-29 em Israel.

Sukhoi Flanker

O 1° protótipo do Sukhoi-27, o T-10-1 fez seu 1° vôo em 20 de Maio de 1977 da pista do Instituto de Teste de Vôo em Zhukovski. Pouco tempo depois deste vôo, o avião foi fotografado pela 1ª vez por um satélite americano e recebeu o codinome de RAM-K. Mais tarde o avião também recebeu o codinome da OTAN de Flanker-A. Análises das capacidades do 1° protótipo e suas comparações com as capacidades do F-15 (cujos dados foram fornecidos pelo espião polonês Marian Zacharski) mostraram que o T-10 era inferior ao seu oponente. Devido aos resultados obtidos os projetistas decidiram reconstruir totalmente o avião e desenvolveram o, quase novo, T-10S. a asa foi totalmente reprojetada, a área transversal foi reduzida em 80% do modelo antigo. Esta última mudança foi responsável pela reconstrução das naceles dos motores, no novo desenho as caixas do trem de pouso estavam acima dos dois motores, também era necessário mover os estabilizadores verticais para outro lugar, uma das mudanças mais significantes foi a introdução dos novos motores AL-31F. Dois T-10S foram construídos : T-10S-1 (T-10-7) e T-10S-2 (T-10-12) ambos na fábrica da Sukhoi. Graças a todas estas mudanças as diferenças entre o F-15 e o Su-27 mudaram e a razão final foi de 1.35:1 para o Su-27. Uma das omissões cometidas pelas "publicações especializadas" é que toda família Sukhoi-Flanker, dado seu excepcional alcance, não precisa de tanques sobressalentes, ficando reservados todos seus cabides tão somente para os armamentos... ao contrário de seus concorrentes ocidentais. Outra falsa questão sempre suposta, também ligada ao ranço ideológico, é que a Rússia não teria logística técnica de apoio aos países que adquirem seus produtos...no nosso caso, o fiel da balança" será se a Rostvertol, responável pelo apoio técnico, desde a formação de equipe técnica de manutenção, até a formação de pilotos, além do suprimento efetivo de sobressalentes, etc, nos mostrará que esse argumento é, na verdade, uma falácia...
ABAIXO ENTREVISTA COM SEU CRIADOR :

VayuSena

Entrevista com Mikhail Simonov

Ciência e Vida, abril de 2002 =http://vayu-sena.tripod.com/interview-simonov1.html

Por: T. Novgorodskaya

Traduzido para o Inglês e notas de venik (aeronautics.ru )

"Eu nunca vou esquecer o primeiro vôo de exibição do Sukhoi su-27 em Paris, organizado pela British Aerospace juntamente com designers e pilotos de teste da Sukhoi Design Bureau, - recorda John Farlight - um piloto de caça da RAF = Royal Air Force = Força Aérea Real. Victor Pugachev foi virando o Su-27 de 360º em 10 segundos, a taxa média de virada (turn) é de 36º/segundo. Naquela época, só podia esperar que o nosso lutador (caça) de próxima geração podesse atingir 25º/segundo. Este é o tipo de aceleração que um piloto deve ser capaz de por o seu avião em posição de ter suas armas inteiras prontas para um ataque. Se nós pudéssemos imaginar que o nosso mais novo caça encontrasse um Su-27 em combate, depois de 10 segundos tudo o que ele teria que ser capaz de fazer seria abaixar o trem de pouso e aterrar, se tivesse sorte. Muito do que eu vi no show aéreo poderia ser usado em combate aéreo real. Para um observador médio, um show aéreo é apenas uma ação superficial, mas se você é um dos especialistas da indústria da aviação, uma manobra de um lutador (caça) vai falar sobre seus limites de vôos. Naturalmente, quando você vê que não há limites para um Su-27 ou que a aeronave pode ir verticalmente, parar, deslizar para baixo e retomar seu vôo normal e executar isto não uma vez, não duas vezes, e vez após vez, você percebe que esta não é uma exceção, não um truque, mas um padrão. A complexidade desta manobra particular, não está em iniciar a manobra, mas em como vai sair a partir dele. Normalmente, não estamos autorizados a exceder ângulos de ataque de 20-25 graus, se passarmos disso, perdemos o controle da máquina ... Mas os russos realizam essas manobras, ao alterar uma ampla gama de ângulos de ataque, mantendo-se confiante no seu controle da aeronave com a aerodinâmica absolutamente simétrica . O mesmo se aplica para os motores. Os motores ocidentais "sofrem" das limitações estritas sobre o ângulo de ataque. Ao voar nossos combatentes (caças) se tem que pensar sobre as manobras do inimigo e sobre as próprias limitações do ponto vista aerodinâmico, do que um piloto não deve fazer. É claro que esta não é uma situação muito confortável para o piloto. Para ele é muito mais fácil quando ele pode fazer tudo o que é necessário para atingir o inimigo e persegui-lo. O que nós, russos, alcançamos surpreendeu profundamente as nossas próprias almas. "

Com o seu design revolucionário e aerodinâmica, o Sukhoi su-27 "Flanker" estabeleceu novos padrões em design de aeronaves lutador (de caça). A pessoa, cujo nome é indissociável da criação desse lutador (caça), é o designer-geral da AOOT "Sukhoi OKB" Mikhail Simonov. Em 1995 ele foi premiado com a medalha de ouro VG Shukhov e em 1998 ele foi chamado de "a lenda do ano" pela revista Aviation Week & Space Technology. Seu nome pode ser encontrado no Hall da Fama do Museu Nacional Aeroespacial, em Washington, DC, juntamente com os nomes de Igor Sikorsky, SV Ilyushin, e Verner von Braun. Esta é a primeira entrevista dada por Mikhail Simonov a revista "Ciência e Vida", que ele mesmo lê desde 1946.

Todo mundo, que pelo menos uma vez viu em um show aéreo, com aviões Sukhoi, e do que são capazes, ou mesmo viu as suas performances em transmissões de televisão, não pode deixar de perguntar, como essas máquinas foram criadas?

Quando eu estava na nona série, eu li um livro "alguns dos erros de pilotagem". Um piloto nunca pode ter garantias contra erros. A Aviação sempre foi e continuará a ser muito exigente para os pilotos e designers. Por causa de avarias ou erros da tripulação técnica, não só a aeronave pode ser perdida, mas também a tripulação e os passageiros.

O Spin = rotação ou "parafuso" é um dos fenômenos mais complexos e perigosos. Na essência, ele é um vòo incontrolável, um voo terrivelmente desorientado no espaço: o avião gira fora de controle com o nariz apontado para o chão. Com o impacto explode uma "bolsa de ar" e a aeronave vai sendo rasgada em pedaços pequenos. Pode parecer que tudo o que precisa fazer para evitar este problema é ensinar a todos os pilotos para reconhecer os seus limites, depois que a aeronave descontrola, ele entra em um estado de estupor. Deve ser mencionado que existem vários fenómeno semelhante na aviação, que começa com a perda de controle da aeronave, ela rola sobre o lado, mas nem todas elas resultam em um estupor. No entanto, apesar do fato de que todos os pilotos de caça são ensinados n​​os métodos básicos para sair a partir de diferentes tipos de spins, de longe, nem todos eles acabam vitoriosos em situações da vida real (na maioria das vezes isso acontece por causa de erros de pilotagem e menos frequentemente por causa de problemas técnicos com o avião. Existem aviões que não podem sair a partir de certos tipos de rotações devido às suas peculiaridades aerodinâmicas.Tais situações extremas são incomuns na aviação civil. No entanto, para a capacidade de manobra de aeronaves de combate é uma condição de sobrevivência. Esta é a razão pela qual todos os projetistas de aeronaves em todo o mundo estão trabalhando sobre as questões de capacidade de manobra. É a capacidade de manobra, em conjunto com armamentos transportados pela aeronave, que garante a capacidade da aeronave para a execução das tarefas definidas.

Manobra de Cobra de Pugatchev, "freio" e retomada de envelope.

E quais as tarefas que estão sendo definidas?

Manobrabilidade é a capacidade da aeronave para mudar sua posição no espaço. Naturalmente, o que deve ser uma razão para iniciar uma ou outra manobra. Tais razões aparecem por conta própria em várias situações de combate: você deve assumir tal posição no espaço que o inimigo está dentro do alcance efetivo de suas armas, enquanto sua aeronave permanece fora do envelope como alvo do inimigo. Entende-se que quem for capaz de posicionar primeiro sua aeronave será o vencedor. O avião de caça clássico dos 1940s-60s do século passado, experimentaram sérios problemas em combate, devido às severas limitações na sua capacidade de manobra. Normalmente os combates aéreos foram conduzidos por grandes grupos de aeronaves - digamos, vinte aeronaves - e um enorme "enxame" rolava no ar e todo mundo queria sobreviver. Aviões de caça de design clássico pouco diferia dos aviões inimigos e resultavam em combates aéreos prolongados - 5-6 minutos. Durante esse tempo, os motores eram levados ao seu limite e o consumo de combustível era alto. E mesmo depois de uma vitória ter sido alcançada, nem todo mundo era capaz de chegar em casa. Toda quinta aeronave era perdida depois que a luta acabava, simplesmente porque ela ficava sem combustível e tinha que ser alijada. Era bom se o piloto fosse capaz de ejetar, mas se tentasse aterrar - digamos, em uma rodovia em alta velocidade - o resultado era previsto. Ao entrar em combate aéreo, pilotos de alguns países sabiam que não seria capaz de sair dele. Para voar para fora da área de combate, seria necessário expor sua "cauda", e seria imediatamente alvejado pelo inimigo. Essa luta ia até o fim, e quando a luz vermelha do combustível acendia, o piloto se ejetaria de um lutador (caça) perfeitamente funcional.

Manobra Kulbit, "cambalhota" apertadíssima.

... Uma espécie de aeronave de uso único?

A vida de um piloto é muito preciosa. Mas de um jeito ou de outro, manobrabilidades inconvenientes são muito dispendiosas. Assim, há um grande avanço com o reino da supermanobrabilidade, os riscos para o piloto e o avião se tornarem mínimos, passou a ser nossa prioridade.

É possível prever se o lutador (caça) terá supermanobrabilidade durante a fase de design?

Você geralmente sabe quem será o adversário mais provável. Na época em que o Su-27 estava sendo projetado, ele foi alinhado com os países do Pacto de Varsóvia contra a OTAN. Tivemos que produzir aeronaves que fossem significativamente superiores aos lutadores (caças) F-14, F-15, F-16 e F-18.

Dentro da nossa indústria da aviação, onde está presente a Sukhoi Design Bureau há um grande número de empresas de contatores externos. Por exemplo, os nossos radares são feitas por modelos série NII1 e KB2. Nós não projetamos motores, nós simplesmente elaboramos os requisitos e ele é criado pelo Lyulka Design Bureau. Tal é a sinergia, a união científica e tecnológica para garantir o desenvolvimento de um lutador (caça) da mais alta qualidade. Para fazer o melhor avião que possa derrotar qualquer lutador (caça) inimigo, precisamos ter o melhor motor do mundo, o melhor radar, os melhores mísseis no mundo e tudo o mais também tem que ser o melhor. Enquanto trabalhava no Su-27, que criei, o que parecia ser uma boa aeronave, que excedia as capacidades do F-15 se confirmou, mas por quanto? Por muito pouco. E mais, uma vez na situação de combate corpo a corpo, pode-se acabar em um "carrossel" complexo, onde ambos os lutadores (caças) terão chances iguais de ganhar.

Percebemos que, a fim de obter uma vantagem decisiva sobre o adversário, nosso lutador (caça) teria que ser não apenas mais manobrável, ​​mas várias vezes mais manobrável. Há essa definição, a da taxa de virada, do raio de curva em direção ao alvo. No combate a vantagem fica com o lutador (caça) que for capaz de se virar antes de seu adversário. Decidimos que, se formos capazes de fazer nosso lutador (caça) exceder em duas vezes a taxa do adversário, passaríamos a chamar isso de supermanobrabilidade.

Supermanobrabilidade é a capacidade de um lutador (caça) virar em direção a sua meta a partir de qualquer posição no espaço, com pelo menos, o dobro da taxa de virada que o lutador (caça) inimigo seja capaz de fazer.

Afigura-se que, em tais situações extremas muito será exigido dos motores também.

Primeiro: todos os motores devem ter empuxo superior. Um motor de aviação militar moderno é um turbojato com uma câmara de pós-combustão. Isto permite um aumento significativo da pressão do motor a custo do combustível adicional. O impulso produzido pelos dois motores de um Su-27 empurra a aeronave com uma força equivalente a 25 toneladas métricas (12,5 toneladas de empuxo por motor). Os motores correspondentes dos caças norte-americanos, na época em que o F-15 foi criado, poderia gerar 10,8-11 toneladas de empuxo. Claro que existem outros requisitos também. Seria útil, por exemplo, usar os motores não apenas para impulsionar a aeronave, mas também para orientá-lo usando bicos especiais capazes de modificar cerca de 15º a partir de sua posição normal. Isto é especialmente importante quando durante o combate, o avião é empurrado para além dos Ângulos Críticos de Ataque (ACA) = Angle Of Attack (AOA). Para o Su-27 o AOA crítico é de 24º. Uma situação de combate pode exigir do avião venha modificar 60º-90º e até mesmo 120º em relação à direção do seu voo. Quando o piloto inicia uma tal manobra, os motores devem responder instantaneamente, desviando empuxo no ângulo desejado.

Os bocais dos dois motores turbo Lyulka AL-31FP utilizados no lutador (caça) Su-30 MK multi-funcionais são capazes de desviar 32º em relação ao plano horizontal e 15º no plano vertical. Isso permite que a aeronave possa realizar manobras inatingíveis por outros lutadores (caças): a desacelerar rapidamente e, em seguida, transformar-se quase em um "helicóptero". Quando, em 1989, que veio para o show aéreo de Paris pela primeira vez com a conclusão do Instituto de Testes de Aeronaves de Combate em Zhukovsky, na Rússia que as características de vôo do nosso Su-27 seriam inferiores aos de um F-15 norteamericano, pois ainda não estavam convencidos de que o nosso avião era significativamente melhor que o norteamericano.

Caças norteamericanos criaram um número de registro de tempo-para-altitude = time-to-altitude. O tempo é medido a partir do momento em que a aeronave inicia a sua corrida de descolagem e até atingir uma altitude predeterminada: 3000, 6000, 12000 metros e assim por diante. Assim, de um ponto morto a aeronave deve chegar a esta altitude no menor tempo possível. Todos os recordes mundiais na época foram realizadas pelo F-15.

Temos realizado uma série de voos com o Su-27 que bateram todos os registros do F-15, provando assim que o nosso avião é superior ao F-15 no aspecto de desempenho do tempo-para-altitude = time-to-altitude. - (o desempenho Time-to-altitude é uma das mais importantes características de desempenho de vôo de um avião de caça, que determina o quão rápido uma aeronave pode responder à violação detectada do espaço aéreo e para interceptar geralmente alvos de vôos em grande altitudes, tais como aviões de reconhecimento e bombardeiros estratégicos).

Como isso foi feito?

A aeronave deve estar ainda parada como um velocista na linha de largada. Mas tão somente enquanto os motores estão trabalhando, até que os freios das rodas não sejam suficientes para conter a aeronave. Para manter o lutador (caça) ainda tentamos usar um tanque. Um cabo foi conectado ao gancho na parte inferior da fuselagem, mas nós não ficamos comemorando por muito tempo. Depois de apenas um segundo de pós-combustão serem acionados, ouvimos um som estridente e observamos como o Su-27 começou a puxar o tanque. Tivemos que encontrar outra coisa para segurar o avião. A pista nas proximidades estava em construção e vimos uma enorme escavadeira tipo "Caterpillar". Nós a juntamos ao tanque, o qual por sua vez foi ligado a aeronave. O início de ponto-morto do lutador (caça) estava garantido.

Desde o início, os motores são levados ao seu limite. Assim que o mecanismo de bloqueio do cabo é largado, o avião na pista arranca e começa a ganhar altitude em um vôo vertical. O avião então voa na vertical até quebrar a barreira do som. Nenhuma outra aeronave, nem mesmo um "ramjet" = impulsionador espacial, em tão baixa altitude pode atingir velocidade supersônica na subida vertical. Normalmente, isto acontece apenas nas regiões superiores da atmosfera em que a densidade do ar é muito baixa. No entanto, podíamos alcançar vôo supersônico a uma altitude de apenas 2000-3000 metros.

Durante esse show aéreo fomos capazes de alcançar melhores resultados do que os norteamericanos.

Em um combate aéreo clássico dois lutadores (caças) ficam girando em um "carrossel" = combate aéreo, até que um deles possa alcançar a posição a partir da qual ele possa atacar seu alvo. No entanto, se pode entrar em combate próximo e no primeiro momento modificar nossas aeronaves em 90º em relação à direção de voo, o alvo pode ser bloqueado e mísseis podem ser disparados. Assim, podemos melhorar consideravelmente o combate aéreo aproximado e em segundos, não em minutos, garantir a nossa vitória.

Eles dizem que inicialmente acreditava-se que o Su-27 não poderia sair de um estado de estupor (stall).

Sim, essa foi a conclusão do TsAGI = Tsentral'nyy Aerogidrodinamicheskiy Institut = Instituto AeroHidrodinâmico Central, em Zhukovsky, na Rússia, após testes do modelo em túnel de vento, a aeronave não pode sair de um estado de estupor (stall). Alguma coisa tinha que ser feito sobre isso. Foi, então, desenvolvido um sistema que não iria permitir que o avião exceder a AOA de 24º.

Nem um único modelo de Su-27 no túnel de vento do TsAGI foi capaz de sair do estupor (spin). Nós desafiamos esse achado através da criação de um modelo de tamanho quase real de 10 metros e a levamos para o bombardeiro Tu-16 e o deixamos cair a partir de 10.000 m. O modelo tinha um sistema de orientação automático que iria forçá-lo para a rotação e, se o modelo não pudesse sair dela, um pára-quedas de pouso era aberto. Descobrimos que em cerca de metade das situações o modelo maior saía com segurança do estado de estupor (spin). No entanto, não se poderia dizer ao piloto: "Vá em frente, está tudo bem". E, assim, tive que concordar com TsAGI e estabelecer limites para o desempenho do avião. Isso foi tudo muito estranho: que quizéssemos alcançar altos ângulos de ataque, mas não conseguíssemos produzir um avião capaz de fazer isso.

Manobra Tail-Slide, manobras perigosas que levam ao "stall", os spins só podem ser corrigidos pela supermanobrabilidade.

A situação mais interessante ocorreu durante os testes de voo. Testes de caças geram um trabalho enorme, que requer cerca de cinco mil vôos de testes, durante o qual a máquina é testada na resistência estrutural, nas suas propriedades aerodinâmicas, na capacidade de receber e implantar armas e outros aspectos de desempenho. Mesmo antes da manobra "Cobra", Victor Pugachev estava realizando altas manobras AOA. Eu estava muito preocupado com isso porque sabia sobre os problemas vividos pelo caça F-16 norteamericano, durante altos testes AOA, quando a aeronave foi capaz de alcançar uns 60º de ângulo de ataque, mas só foi capaz de sair dessa manobra usando um pára-quedas especial anti-spin. Nós escolhemos uma abordagem diferente para testar o nosso avião, mas mesmo assim, Pugachev entrava em uma AOA alta. No entanto, ele foi capaz de sair dela e tudo terminou bem.

Mais testes provaram que o Su-27 não iria cair em "parafuso" ao realizar altas manobras AOA. Os resultados demonstraram que é possível levar o avião para ângulos de ataque elevados e, em seguida, devolvê-lo de forma segura para o modo normal de operação. Este achado foi o que abriu o futuro para a supermanobrabilidade. Mas há 20 anos não podíamos perceber isso, estávamos conduzindo apenas os primeiros voos de teste.

Durante um dos tais voos realizados pelo piloto-de-teste V. Kotlov, ele experimentou uma despressurização do sensor de pressão de ar (tubo de Pitot), o que lhe deu uma leitura de velocidade do ar incorreta. O piloto tentou compensar o que julgava ser alta velocidade e o que teria perdido, aumentando o ângulo de subida e, finalmente, a aeronave veio a se estabilizar em uma posição vertical, a uma altitude de 8000 metros e começou a deslizar para baixo com sua cauda em primeiro lugar. As esperanças do piloto que o avião iria, eventualmente, retornar ao vôo normal não se concretizou, em vez disso a aeronave parecia estar "suspensa" entre o céu e a terra. Isto foi inesperado e desconcertante: a velocidade do ar foi próximo de zero e a altitude era 8000 metros . O piloto entrou em pânico, ele desligou as turbinas e imediatamente as contatou novamente. O avião começou a cair em sua cauda e o piloto experimentou ausência de peso - no futuro esta manobra seria chamada de "Kolokol", ou "Tail-Slide".

E tudo isso aconteceu em apenas alguns segundos?

Cerca de 20 segundos. No ar, parece que muito mais tempo. Uma vez que a aeronave tenha atingido a 60 graus. AOA (nós só tinhamos a permissão para 24º) a aeronave caiu em um spin e começou a girar com o nariz apontado para o chão. O piloto então percebeu o que aconteceu e informou ao controlador de solo: "Estupor"(spin) . Desde então acreditava-se que um Su-27 não podia sair de um "estupor" (spin), apenas a ordem do controlador de solo para o piloto foi como se tivesse sido atingido por uma pedra: "Ejetar a uma altitude não inferior a 4.000 metros"!

Ejeção dificilmente é coisa favorita para um piloto fazer, assim, para evitar ferimentos graves os pilotos lançam os controles e começam a preparar-se para a ejeção. No entanto, no último momento, ele percebeu que a aeronave tinha saído do giro e agora estava começando a sair do mergulho também. O Su-27, quando deixado por conta própria, é capaz de retornar ao vôo normal. Depois de verificar que a aeronave ainda era controlável, Kotlov fez uma aterrissagem segura.

Talvez isso foi apenas uma coincidência?

Esta foi a nossa conclusão no primeiro momento: para os 1000 voos este foi o único em tal situação. Na contagem grande isso não importa. No entanto, um tempo mais tarde ocorreu uma situação ainda mais incrível no Extremo Oriente. Um piloto de Su-27 estava realizando um exercício de interceptação automática. O avião ultrapassou o ângulo de ataque crítico e entrou em um estado de estupor (spin). Seguindo a ordem do controlador de solo, o piloto ejetou, após o que o Su-27 saiu da rotação e pelo piloto automático retomou o seu curso até que o avião ficou sem combustível. Logo depois um terceiro incidente deste tipo ocorreu em Lipetsk. Isso obrigou-nos a estabelecer um plano de investigação especial para tratar do fenômeno. Como se viu durante o curso da investigação, o Su-27 exibiu certa instabilidade ao entrar em rotação e sair dela. Foi estabelecido que mesmo os métodos mais eficazes aerodinâmicos, sair de um giro nem sempre resulta em um resultado desejado. Ao mesmo tempo, em uma série de situações que o avião iria sair a partir de uma rotação sobre si próprio (spin) quando a posição das suas superfícies de controlo era neutra. Esta foi mais tarde explicada pelas peculiaridades da aerodinâmica do vórtice de ar do Su-27 em vários ângulos de deslize e ataque.

Um papel considerável na nossa "vitória" sobre o spin foi realizado pelo piloto-de-testes, cosmonauta Igor Volk. Ele realizou uma série de vôos de teste e declarou que o Su-27 pode sair de todas as variações de um estupor "(spin).

Então, por que testes de modelos resultaram em uma conclusão oposta?

Descobriu-se que não era a disposição da aeronave, mas o tamanho do modelo que era mais importante nesta situação (ver Reynolds*) em dinâmica de fluidos se conecta a velocidade de voo, o tamanho da aeronave e a viscosidade de ar e este número está consideravelmente maior para as aeronaves de tamanho real do que para os seus modelos em escala menor.

Como é que a supermanobrabilidade leva à redução da visibilidade da aeronave na tela do radar?

A Supermanobrabilidade deve ser encarada como um sistema de manobras elaboradas para fechar o combate aéreo. Uma vez que o piloto recebe um sinal de que seu avião está sendo controlado por um radar inimigo, a primeira coisa que ele precisa fazer é ir verticalmente. Embora ganhando altitude e perder velocidade, a aeronave começa a desaparecer das telas dos radares que utilizam o efeito Doppler. No entanto, o adversário não é bobo, quer e vai combater lançando sua aeronave para cima também. Por esse tempo o nosso avião está indo vertical e sua velocidade se aproxima de zero. Mas todos os radares Doppler podem reconhecer apenas um alvo em movimento. Se a velocidade da aeronave é zero ou simplesmente baixa o suficiente para evitar que o cálculo da componente Doppler do radar inimigo o acompanhe, nossas aeronaves vão desaparecer diante de nossos inimigos. Ele ainda pode ser capaz de nos rastrear visualmente, mas ele não será capaz de lançar um míssil guiado por radar (ativo ou semi-ativo), simplesmente porque o alvo do míssil não terá sido "trancado".

Existem outros métodos para fazer um avião invisível ao radar?

Os chamados aviões "stealth" estão apenas começando a surgir. O maior impacto desta nova tecnologia é esperado para lutadores(caças) da 5ª Geração. A primeira aeronave de combate criada usando essa tecnologia stealth foi o caça-bombardeiro F-117A**. Embora, a aeronave nunca tenha se tornado um lutador (caça). A aeronave tinha muito pouca visibilidade ao radar, mas com características pobres de vôo ***.

Eu li em algum lugar que, durante a criação do novo caça, você percebeu a necessidade de uma atualização drástica dos equipamentos eletrônicos a bordo. Quão confiável é este equipamento a bordo de aeronaves de supermanobrabilidade?

Geralmente as pessoas descrevem a eletrônica russa como inconseqüente. Eu tenho uma opinião diferente. Pedimos a partir de nossos desenhos de radar o que queremos e eles entregam. Se o radar a bordo do F-15 pesa 244 kg, o nosso analógico pesava várias vezes mais. Mas isso não nos preocupa. O nosso objetivo é o de ser capaz de detectar alvos a distâncias maiores. O mesmo pode ser dito sobre o sistemas de identificação e detecção óptica.

Quando os aviões de reconhecimento estratégicos norteamericanos SR-71 Black Bird vieram "visitar-nos" da direção da Noruega, Su-27 e Su-30 foram posicionados ao longo de toda a costa até Novaya Zemlya para proteger nosso espaço aéreo norte. Quando o SR-71 apareceu mais uma vez nossos combatentes já estavam no ar. Decidimos pregar uma peça nos norteamericanos e não envolvemos os radares de bordo, mas contamos comnossos sistemas de detecção óptica, que pode "ver" alvos a distâncias consideráveis ​​no espectro infra-vermelho. Quando o SR-71 e nossos combatentes estavam se aproximando de cursos opostos, fomos capazes de rastrear o SR-71 a uma grande distância. O "norteamericano" não violou nosso espaço aéreo,mas ainda o mantivemos no limite sob nossa mira.

O SR-71 foi originalmente interceptado por seis MiG-31s, e, em um de seus vôos posteriores, porSukhois. Durante a primeira interceptação pelosMiGs, o SR-71estava, na verdade, em violação do espaço aéreosoviético, mas foi capaz de deixá-lo antes que os MiGs o apanhassem. O "Black Bird" foi aposentado pelaUSAF logo após essas interceptações.

Então, você não pode dizer que o nosso equipamento eletrônico é pior. É exatamente o que pedimos com base em nosso conhecimento da aeronave inimiga. E quanto a uma aeronave que possa levantar nossa eletrônica, isto não é um problema.

É verdade que, para melhorar o desempenho aerodinâmico, os lutadores (caças) de nova geração, usarão um tipo diferente de asa?

A fim de reduzir a resistência de onda na asa durante o voo supersônico, ela tem ser varrida em relação ao vector de velocidade. Se a asa é posicionada de tal forma que produz uma turbulência que, faz com que a flexione e a torça para baixo, apesar do perigo de colapso estrutural, aviões assim produzidos, mostram um excelente rendimento aerodinâmico.

Os norteamericanos trabalharam em um avião experimental com asas para a frente, o X-29, mas por algum motivo não encontrou o que seu desenho prometia. Nós, por outro lado, acreditamos que este problema pode ser resolvido através da utilização de materiais compósitos na sua construção. Uma asa de metal não pode suportar a divergência - devido as altas forças criadas, torcendo-a. Tivemos situações difíceis em asas de metal deste modelo de aeronave, com asas para a frente, pois quebravam durante os testes no túnel de vento. Hoje podemos criar uma estrutura compósita especial à base de fibras de carbono, epoxi e materiais orgânicos com uma elevada resistência à torção e forças de tração - alguns destes materiais são utilizados em coletes blindados.

Durante um exercício de combate simulado o X-29 estava voando contra um F-18 e provou a sua capacidade de efetivar suas armas contra o F-18 a partir de qualquer posição no espaço. Consideravelmente mais rápido do que o F-18, foi capaz de atingí-lo. O F-18 perdeu todos os combates simulados para o X-29, mesmo quando este último foi colocado em desvantagem considerável em termos de velocidade e posição. Existem algumas explicações prováveis para o potencial não utilizado do X-29: em primeiro lugar, a asa voltada para frente, não é compatível com os conceitos de geometria furtivas convencionais; segundo, os desenvolvedores do X-29 tinham problemas estruturais com a asa e não vislumbravam um material compósito semelhante ao que Sukhoi su-47 Berkut (e o Sukhoi é consideravelmente maior e mais pesado do que o X-29 e experiências com forças maiores utilizadas agindo em suas asas); finalmente, os funcionários da USAF não olhavam favoravelmente para o heterodoxo X-29, assim como os seus homólogos russos viam o inusitado S-47 com suspeita.

Quais são as suas esperanças para o caça de quinta geração, em termos de supermanobrabilidade?

Tenho expectativas muito altas. Se os nossos "concorrentes" estão construindo um caça de quinta geração, então precisamos de um. Pode-se dizer que é uma regra de equilíbrio. Não muito tempo atrás nós abrimos um show aéreo e o comandante da força aérea de um dos países nos disse: "Precisamos de seu avião. Temos diferentes lutadores (caças), mas para além do que nós queremos, é ter um lutador (caça) russo com tais características, assim o inimigo teria medo de nos atacar". Este é o papel do novo caça - fornecer equilíbrio político no mundo.


NOTAS:

(*) "O fluxo de fluido pode ser laminar ou turbulento. O fator que determina qual o tipo de fluxo está presente é a relação entre as forças de inércia às forças viscosas dentro do fluido, expressa pelo número de Reynolds não dimensional:. R = (ró * V * D / mu), onde V e D são uma característica de velocidade de fluido e a distância ".(Mecânica dos Fluidos, 2ª ed., Por Landau, LD).

(**) Na verdade, o F-117A, apesar da designação "F" (para "lutador"=caça), nunca foi destinado a ser outra coisa senão um bombardeiro leve, mesmo que tenha sido testado com míssil ar-ar de curto alcanceAIM-9 Sidewinder(sem muito sucesso). A aeronave foi apresentada como um caça-bombardeiro multi-funcional ao governo e ao público, para justificar o seu alto custo e também para colocar a aeronave sob o comando doUSAF, em vez do comando do agora extintoSAC (Strategic Air Command extinto como organização em julho de 1992).

(***) Em 1966, um matemático soviético conhecido,Pyotr Ufimtsev, publicou um artigo no qual ele descrevia métodos matemáticos para prever RCS (na verdade, o campo de dispersão) de objetos bi-dimensionais (por isso é que o F-117 é composta por painéis bidimensionais planos: mesmo que o método de Ufimtsevpermitam calcular qualquer tipo de superfícies, não apenas a plana, seus cálculos apresentados no livro foram limitados a tal. Levou matemáticos daLockheed e aNorthrop-Grumman a pesquisar por algum tempo e desenvolver métodos para superfícies curvas complexas). O trabalho deUfimtsev foi diretamente usado pelo matemático daLockheed,Denys Overholser, no desenvolvimento de um software de computador conhecido como "Eco 1", que pode calcular o RCS de uma aeronave construída de painéis planos.Este programa foi utilizado para encontrar a geometria ideal para minimizar RCS de uma aeronave. A estrutura resultante ficou conhecida como "Diamond Hopeless"="Diamante Sem Esperança, que se encontra na base da construção externa do F-117A.Simplificando, os painéis planos externos, em ângulo do F-117A foram projetados para refletir as ondas de radar em todas as direções, mas na direção recebida pela antena de recepção do radar. Isto significa que para controlar eficazmente o F-117A teria que se usar vários radares (ou, pelo menos, vários receptores.) Escusado será dizer que os requisitos geométricos para minimizar os RCS estabelecidos pelo programa "Eco 1" tinham pouco espaço para considerações de aerodinâmica. A aeronave resultante tinha a aerodinâmica de um "caixão voador" (alguns dos radares anti-furtivos modernos tiram proveito da fraca aerodinâmica do F-117A e acompanham a aeronave através da detecção da fuga considerável do ar turbulento deixado pelo "quadradão" da fuselagem da aeronave). Assim ocorreu na Bósnia, pelosSérviosassessorados pelos russos), onde culminou o abate de um F-117A utilizando-se mísseis SAM dos anos 70. O "F-117A" foi aposentado pela USAF logo após estas interceptações.

Garouda - 'Indradhanush' 2015

Fúria Flanker

Como os Sukhois apagaram por 12 contra 0, os Eurofighter Typhoons-2000 nos céus britânicos

Publicado em 09 de agosto de 2015: http://idrw.org/flanker-fury-how-the-sukhois-blanked-the-typhoons-12-0-in-british-skies/

A Copa India 2004 fôra notícia em todo mundo quando os pilotos indianos voaram MiG-21s atualizados/upgraded -mas com 30 anos de fabricação- comparativamente menos avançados do que os Su-30MK e derrotaram os F-15 C Eagles 9-1 da USAF.

Eis o que o coronel Greg Newbeck disse após os exercícios: "O que temos visto nas últimas duas semanas é que a FAI pode enfrentar cara a cara a melhor força aérea no mundo. Compadeço com o piloto que tiver que se enfrentar com a FAI e as ocasiões do dia em que a subestimou; porque não voltará para casa".

O Sukhoi Flanker mais uma vez surgiu como o lobo incontestado dos céus. Durante os 10 dias da Indradhanush exercício realizada em julho, em Linconshire, Reino Unido, pilotos da Força Aérea Indiana arvorando ter humilhado, com Su-30MKI os melhores ases da RAF, anulando os seus mais recentes jatos Eurofighter Typhoon 12-0.

Os Sukhois da FAI teriam sido capazes de derrotar os Typhoons não só em combate um-a-um, mas também em situações em que um piloto da FAI opôs-se a dois Typhoon. Além de espancar a RAF durante duelos dentro do alcance visual (WVR), os Sukhois também obtiveram uma vantagem sobre os jatos britânicos em combate Além do Alcance Visual, Beyond Visual Range (BVR) embora não com total domínio do espaço aéreo.

A Aviation International News Briefing, Resume das Notícias Internacionais da Aviação junto as fontes informadas tinham conhecimento do exercício que "no combate próximo, o controle do vetor de potência (TVC) nos Flankers mais pesados, ​​mais do que compensaram a maior proporção de impulso-peso do Typhoon".

"Tufão" Atingido Pela Tempestade Sukhoi.

Analista experiente de combate aéreo Vishnu Som explica: "A primeira semana de exercícios não houve problemas para o Su-30 em uma série de cenários de combate aéreo. Primeiro, haviam encontros 1 x 1, onde um único jato de cada tipo engajava outro em combate WVR, disparando mísseis simulados para um intervalo de duas milhas. Os exercícios progrediram para acoplamentos 2 x 2, com dois Eurofighters assumindo dois Su-30 e exercícios 2 x 1 onde dois Sukhois engajavam um único Typhoon e vice-versa. Nominalmente, no exercício em que um solitário Su-30 foi engajado por dois Typhoon, o jato da IAF saiu vitorioso 'atirando' para baixo em ambos os jatos 'inimigos'. "

A lendária supermanobrabilidade do Flanker é uma das principais razões por que saiu ileso do "dogfight" -combate aéreo-. "Em todos os exercícios de combate, os Sukhoi da IAF foram capazes de virar bruscamente para os extremamente ágeis Typhoons usando seus motores com axiais vetorados para manter os jatos da RAF trancados sob suas vistas", escreveu Som.

Além disso, o avançado Infrared Search and Track System do Su-30 (IRST), um sensor passivo, que não pode ser rastreado, provou ser uma vantagem distinta para os pilotos da IAF nas manobras de fim-de-combate. "Tanto o IAF e RAF utilizaram todos os recursos de seus radares a bordo, ainda que de modo de treino, o que significava que as freqüências de radar reais usadas nas condições de combate, não foram expostos por razões de confidencialidade. No entanto, os intervalos de detecção dos radares de ambas as aeronaves não foram restringidos. Estes foram combates aéreos o mais perto da coisa real quanto possível ".

Curiosamente, enquanto o jornal Independent, do Reino Unido, disse que os britânicos implantaram a "nata da RAF", Som disse que "a IAF não implantou qualquer pilotos seniores que servissem com suas táticas de elite Desenvolvimento e Estabelecimento de Combate Aéreo (TACDE)".

Britânicos: Ainda Coloniais ?

Descartando as reivindicações indianas como "cômicas", uma fonte disse ao Independent que a RAF que elas foram claramente concebidas para o "público interno". A fonte acrescentou: "Deve ter havido algum incidente nublado nos vôos de volta para a India, como as manchetes da imprensa indiana não têm relação, de qualquer forma, com os resultados dos cenários táticos cumpridos no exercício."

A pontuação 12-0 deve ter ficado muito ruim, considerando que os britânicos estão, ainda, abandonando as suas atitudes com seus antigos súditos coloniais, que são agora mais ricos e mais fortes, possuindo um exército muito maior.

Agora compare reação infantil da RAF e a abordagem mais equilibrada da USAF, na sequência da sua humilhação pelo IAF nos exercícios Copa India de combate aéreo, realizadas em 2004 e 2005. Copa India fez manchetes, em todo o mundo, quando os pilotos indianos voaram atualizados MiG-21 Bizon, de mais 30 anos de idade, porém comparativamente menos avançados que os Su-30MKs derrotando os F-15 Eagles 9-1 da USAF. Aqui está o que o Coronel Greg Newbech, da USAF, disse após o exercício: "O que temos visto nos últimos duas semanas é que a IAF pode ficar de igual para igual com a melhor força aérea no mundo. Tenho pena do piloto que terá de enfrentar a IAF e a possibilidade de um dia subestimá-la; porque ele não voltará para casa. "

No ano seguinte, na Copa India de 2005, a USAF implantou vários caças F-16. Os resultados dos treinos foram muito semelhantes aos do ano anterior, com os pilotos indianos sendo capazes de vencer a maior parte dos compromissos em seu mais recente Su-30MKIs.

Mais uma vez, em 2008, no exercício Red Flag realizada no Mountain Home AFB, conhecida por seus jogos de guerra complexos e realistas, nem um único caça Su-30MKI foi 'abatido' em missões de combate aéreo aproximado. Em acoplamentos de 10 e tantos 1x1 contra jatos da USAF, como o F-15 e F-16, nenhum dos Sukhois estavam nem perto de serem abatidos.

Os Sukhois da IAF têm consistentemente batido aeronaves ocidentais em uma variedade de ambientes - Gwalior, Califórnia, e agora a Grã-Bretanha.

Desvantagens Auto-Impostas

Os Sukhois da IAF geralmente entram em combate simulado - particularmente com as forças aéreas ocidentais - com seus radares de barras NIIP em modo de treino. Neste modo, o radar opera com desempenho e características reduzidas. Autoridades russas e indianas têm preocupações legítimas sobre revelar muitos detalhes deste sofisticado sensor. No Red Flag 2008, um avião espião britânico tentou bisbilhotar no radar do Sukhoi mas teve que voltar de mãos vazias.

É por causa de tal espionagem -, bem como para proteger seus dados e táticas, das forças aéreas que um dia, possivelmente, possam voar contra em missões ofensivas - que o IAF não permite que seus pilotos usem o espectro completo de capacidades do Su-30 .

A IAF também evita simulações BVR pela mesma razão. Ele não permite que as capacidades de seus mísseis ar-ar R-73 e R-77 russos sejam simuladas em exercícios.

Lições de Indradhanush 2007

O Indradhanush 2007, realizado em Waddington, Reino Unido, apresentou um cenário de combate similar, com Flankers da IAF contra Typhoons da RAF , com um elenco de apoio de caças Tornados e Harriers. Aqui está o que Ministério da Defesa da Índia tinha a dizer sobre o resultado:

"A parte operacional do Exercício Indradhanush-2007 começou com uma série de missões de combate aéreo 1x1... Os pilotos da RAF foram francos na sua admissão de observar as manobras superiores a Su-30 MKI no ar, assim como haviam estudado, preparado e antecipado. Os pilotos da IAF, por parte deles também, estavam visivelmente impressionados com a agilidade do Typhoon no ar.

"Enquanto isso não implica dizer que as missões 1x1 de combate aéreo foram feitas para backslapping = bater cada vez um no outro, pode ser entendido que em cenários de combate aéreo de hoje de capacidades BVR de plataformas aéreas. É altamente improvável que, qualquer dos modernos caças, um dia nunca irá chegar em uma situação que garanta um combate aéreo próximo extremo, como na situação simulada nas saídas 1x1. Com um critério de "matar" com canhóes varia, sendo na maior parte sob 1000 metros, e em um envelope de acompanhamento visual atrás do alvo, para apenas até um cone de 60 graus na maior parte, para a maioria dos caças do mundo, tal cenário improvável fica mais exemplificado.

"Mas a ironia também reside no fato de que, embora haja uma série de contra-medidas e contra-contra-medidas para fazer os mísseis modernos e suas reivindicações de parâmetros inescapáveis, despistados usando-se "chaffs" ou "flares" e outras medidas activas / passivas, um 'abate por canhão' é, invariavelmente, o mais reconhecido. Os pilotos começam invariavelmente aprimorando suas habilidades de monitoramento e combate ao abrigo de tais situações de combate perto. "

O Relatório puramente técnico - e imparcial - do Ministério da Defesa refut a o pedido britânico de que eles lutaram com uma mão amarrada atrás das costas, ou seja, os Typhoons não foram autorizados a usar as suas capacidades BVR. Pois, os Sukhois - que têm mísseis BVR vastamente superiores - também voaram sob desvantagens naturais e similares.

O Diário da Indústria de Defesa (DID) concorda: "Mesmo na era dos mísseis modernos, a maioria dos abates ar-ar mantiveram-se dentro do alcance visual."

A Maior Figura

De acordo com o DID ", em meio à emoção das batalhas aéreas, a implantação bem-sucedida de aeronaves da Índia, usando seu próprio reabastecimento aéreo e logística de pessoal, pode passar despercebida. Do ponto de vista da India, no entanto, esta evolução pode ser ainda mais importante do que os resultados dos combates dos caças no ar."

Os quatro caças Sukhoi de superioridade aérea, acompanhados de um reabastecedor Ilyushin IL-78, um cargueiro Boeing C-17 Globemaster III e um Lockheed C-130 Hércules

de operações especiais voou da Índia para a Arábia Saudita, depois Atenas antes de aterrar na Grã-Bretanha. O itinerário - de cerca de 10,000 km - serviu para mostrar a capacidade de alcance estratégico da Índia, especialmente para os sauditas, que estão agora a cooperar com a Índia no combate ao terror islâmico, que é o segundo maior item de exportação do Reino, depois do petróleo.

Linha de Fundo

O Indradhanush 2015 ofereceu aos pilotos da RAF uma rara oportunidade de ir contra alguns dos mais recentes caças russos concebidos. Os britânicos devem contar suas bênçãos que os indianos tenham permitido brincarem em seus Sukhois.

Ter apresentadp aos britânicos, perante o seu mais novo avião de caça, o Typhoon - que foi construído para assumir os Flankers - demonstrou que, simplesmente, não é páreo para o jato russo. Na verdade, com a indução do mais avançado Su-35 Super Flanker na Força Aérea da Rússia - e logo a força aérea chinesa - a janela de vulnerabilidade do Typhoon só vai aumentar.

Quanto à IAF, deve certificar-se que todo 'abate', por seus pilotos, sejam verificados e colocados no contexto correto. Pilotos indianos, historicamente, não são conhecidos por fazer reivindicações altas. No rescaldo das guerras anteriores, o sistema de defesa indiano tem remendado meticulosamente juntos grandes quantidades de dados de todos os lados, a fim de verificar ou desmentir escores. Se as reivindicações são encontrados para ser inflado em seguida, o público precisa saber também.

Pois, não há nenhuma maneira mais certa de perder a próxima guerra do que viver na ilusão sobre sua própria força.

Nota: Sukhoi = Flanker

Typhoon = Eurofighter

Ver mais: http://www.defense-aerospace.com/article-view/release/165647/indian-flankers-and-typhoons-dogfight-over-britain.html

Rock Progressivo

Rock Progressivo é um estilo que tempera o improviso expositivo, como elementos do bom jazz, um liquidificador que mistura variadas correntes do bom rock, elementos de musica erudita e também música folclórica de cada país. Tudo misturado com ritmos e mudanças de andamento.

São bandas geralmente compostas de músicos virtuosis em seus instrumentos acústicos ou elétricos. Todos eles não tem compromisso com o lado comercial da música fácil e mecanicamente produzida para consumo. Exemplos como os grupos italianos: Quelli, que viria a se tornar o excelente Premiatta Forneria Marconi, que marcou e influenciou, para sempre, a cena do Rock Progressivo com suas composições e execuções esmeradas, New Trolls, Le Orme, etc. Os do Leste Europeu (http://www.kiwi-us.com/~hitomi/eeuropean.htm): o russo Solaris, o hungaro EAST (http://listenmusic.fm/artist/East-516983), o yugoslavo Yu Grupa, o checoslosvaco Blue (Modry) Effect (veja videos abaixo)(http://www.youtube.com/watch?v=saM2HqJcO1w&feature=related), o eslovaco Fermata (http://www.progarchives.com/video.asp?id=1124), são o outro lado de uma cena musical quase desconhecida.







Blues Blues Blues...

Um dos gêneros de música que mais gosto... Blues ! Entre os expoentes do pop/Rock/Rhytm'nBlues, no começo dos anos 60 o famoso John Mayall, que pertenceu ao lendário Blues Syndicate, a convite de Alexis Korner, outro expoente dos novos bluseiros ingleses da década de 60, fundou a também lendária banda Bluesbrakers composta de, não menos, Eric Clapton, Jimmy Page, Jeff Beck e Peter Green ! Quatro dos maiores guitarristas do Rock & Blues. Há uma outra face do Blues que, como o Rock dos Beatles/RollingStones/Byrds/Who/Kinks/Doors, etc, e o Rock Progressivo, que foi o alcance que tiveram em todo o mundo...inclusive o Leste Europeu: aqui vemos a reunião de cinco dos maiores expoentes do Rock-Blues-Progressivo-Jazz , dos anos 60, interpretando um "Blues Eslavo"... : Vladimír Mišík - vocal/ Michal Prokop - violão/ Jan Hrubý – violino / Luboš Andršt – guitarra/ Hladik Vladik - guitarra

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